Enquanto se aguarda a investidura de Pedro Sánchez no debate que culminará na próxima terça-feira, 7 de janeiro, o governo de coligação do PSOE com Unidas Podemos está tomando forma. Os nomes dos ministros do PSOE ainda são desconhecidos, mas os candidatos a pastas ministeriais da formação roxa já são conhecidos. Os destaques incluem o sociólogo, economista e professor universitário Manuel Castells (Hellín, Albacete, 1942), que, por proposta dos ‘comuns’ de Ada Colau, será o novo ministro das universidades, responsabilidade que seria separada da atual pasta de Ciência, nas mãos de Pedro Duque.
Colega de Alain Touraine, Castells é professor emérito da Universidade de Berkeley, na Califórnia. Além disso, trabalhou como assessor da Unesco, da Comissão Europeia e de diferentes governos, como Estados Unidos, Chile, México, França, Rússia, China, Brasil, Portugal e Espanha, como refletido em seu currículo da Universidade de Berkeley.
Yolanda Díaz, deputada da Galiza em Comum e líder histórica da Esquerda Unida da Galiza, é candidata ao Ministério do Trabalho. No entanto, será um ministério sem poderes previdenciários e sem a Secretária de Estado da Migração.
Em 19 de novembro de 2016, Yolanda Díaz, em um evento no Círculo de Belas Artes organizado pela Fundação Europa de los Ciudadanos, declarou-se iberista, afirmando que “por minha própria convicção, talvez, um dia teremos ou sonhemos com aquela utopia ibérica que alegou Saramago. Eu sou um dessas. Eu adoraria que caminhássemos pelo menos nessa direção. Não sei se como a jangada de pedra, mas que caminhássemos. Além disso, gostaria que também, como noutras ocasiões, houver debates sobre iberismo e sobre esse caminho que deve ser comum. Eu não sei se tanto formalmente, mas certamente de uma forma imaterial, mas eu acho muito necessariamente”.