Guarda recebe Cimeira ibérica dia 2 de Outubro

O documento sobre a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço assenta em cinco eixos

Comparte el artículo:

Portugal e Espanha concluíram Quinta-feira o documento sobre a Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço, que contempla medidas para a mobilidade, desenvolvimento económico e social e ambiente, disse à Lusa a Secretária de Estado da Valorização do Interior. A elaboração do documento foi finalizada numa reunião que decorreu esta manhã na cidade espanhola de Zamora entre a secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, e homóloga de Espanha, Elena Cebrián.

Em declarações à agência Lusa, Isabel Ferreira explicou que o documento, que será apresentado durante a próxima cimeira luso-espanhola, que se realiza em 2 de Outubro na Guarda, assenta em cinco eixos estratégicos. Segundo adiantou a governante, os cinco eixos dizem respeito à mobilidade transfronteiriça, à melhoria das infraestruturas e da conectividade territorial, à coordenação dos serviços básicos, ao desenvolvimento económico e inovação e ao ambiente, energia e cultura.

Relativamente à mobilidade, Isabel Ferreira explicou que estão em causa medidas «muito centradas nos trabalhadores transfronteiriços» e na «eliminação de custos de contexto». No segundo eixo das infraestruturas enquadram-se medidas relativas às vias de comunicação rodoviária e ferroviária e às questões de internet e da rede móvel nos territórios de fronteira.

O terceiro eixo abarca as questões da coordenação conjunta de serviços básicos, como a Saúde, Educação, Serviços Sociais e da Protecção Civil. O desenvolvimento económico e a inovação territorial integram o quarto eixo estratégico e contempla medidas para a «atracção de pessoas, de empresas e de novas actividades e dinâmicas». Já o quinto eixo contempla medidas para o Ambiente, Energia, centros urbanos e Cultura.

«Pela primeira vez, estamos aqui a assumir uma estratégia a longo prazo para os territórios da fronteira. Temos de olhar para esta fronteira como um território de oportunidade de desenvolvimento sócio-económico e de internacionalização e de um mercado ibérico que ganhe ele próprio uma centralidade maior naquele que é o contexto europeu», atestou.