A ativista sueca Greta Thunberg foi esta segunda-feira premiada com o Prémio Gulbenkian para a Humanidade, um novo galardão português com um milhão de euros de prémio que pretende distinguir pessoas ou organizações que se destacaram na “mitigação e adaptação às alterações climáticas”.
O nome de Thunberg, de 17 anos, foi anunciado na sede da Fundação Gulbenkian em Lisboa pela presidente da associação, Isabel Mota, que aponta em comunicado que este prémio ressalta o “compromisso” da instituição “com a urgência da ação climática”.
A ativista sueca impôs-se entre 136 candidaturas de 46 países e foi eleita com amplo consenso, segundo explicou em comunicado o presidente do júri do prémio, o ex-presidente de Portugal Jorge Sampaio.
“A forma como Greta Thunberg conseguiu mobilizar as gerações mais novas para a causa do clima e a sua luta tenaz por mudar um status quo que teima em persistir fazem dela uma das figuras mais memoráveis da atualidade”, afirma Sampaio.
I’m extremely honoured to receive the Gulbenkian Prize for Humanity. We’re in a climate emergency, and my foundation will as quickly as possible donate all the prize money of 1 million Euros to support … ->
1/3 pic.twitter.com/Eti6AJXSvj— Greta Thunberg (@GretaThunberg) July 20, 2020
O Prémio Gulbenkian para a Humanidade pretende ajudar a sua causa, atribuindo um prémio de um milhão de euros que “será aplicado pela Fundação Thunberg em projetos de combate à crise climática e ecológica”.
Segundo a própria ativista, os primeiros 100.000 euros serão doados à Campanha SOS Amazónia, da Fridays for Future Brazil, que luta contra o coronavírus na Amazónia, e outros 100.000 à Stop Ecocide Foundation, que procura “transformar o ecocídio num crime internacional”.
“Sinto-me incrivelmente honrada e extremamente grata”, disse Thunberg num vídeo enviado aos organizadores do prémio, salientando esperar que o dinheiro sirva “para fazer a diferença”.
O júri que escolheu a jovem sueca como vencedora desta primeira edição é composto, entre outros, pelo alemão Hans Joachim Schellnhuber, fundador e diretor emérito do Instituto de Investigação do Impacto Climático de Potsdam, ou pelo espanhol Miguel Arias Cañete, antigo comissário europeu para a Energia e Acão Climática.