Presidente de Castela-Mancha pede promoção do eixo Mediterrâneo-Atlântico com perspetiva peninsular

Na agenda da reunião estava a ligação ferroviária entre Madrid e Lisboa

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O presidente da região espanhola de Castela-Mancha, Emiliano García-Page, considerou esta terça-feira que seria benéfico para Espanha e Portugal uma “perspetiva peninsular” na União Europeia (UE) para reivindicar infraestruturas e pediu a promoção do eixo Mediterrâneo-Atlântico.

“Seria muito bom para Espanha e Portugal, seria bom para todos nós, partilhar uma perspetiva peninsular”, disse García-Page durante a apresentação da 44ª edição do Festival Internacional de Teatro Clássico de Almagro, realizada esta terça em Lisboa. O presidente de Castela-Mancha recordou que ambos países aderiram juntos à UE -“que agora nos deu dinheiro mas também muitos desgostos”, afirmou- mas que “nem sempre olharam para o outro”.

“Olhámos para nós próprios”, disse o presidente da região espanhola, que acredita que seria “absurdo” avançar por caminhos distintos, defendendo atuar “da mesma maneira para negociar, discutir e reivindicar”. Um dos âmbitos de atuação conjunta é o das infraestruturas, porque tem havido “dois cenários de desenvolvimento totalmente desiguais” entre o centro peninsular e o Mediterrâneo.

“O Mediterrâneo levou 75% do crescimento em Espanha em todos os sentidos e é tempo de reequilibrar a balança em infraestruturas, em intercâmbios culturais e também no intercâmbio populacional. Caso contrário, a fatura será também muito cara”, defendeu. Neste reequilíbrio, a ligação entre o Mediterrâneo e o Atlântico, que vão estar “muito vinculados por comboio e estrada”, tem especial relevância, apelando a um “planeamento muito conjunto” entre os dois países ibéricos.

A questão será abordada numa reunião que García-Page terá com o secretário de Estado das Infraestruturas português, Jorge Delgado, na qual irão planear “importantes iniciativas conjuntas”. Na agenda da reunião estão a ligação ferroviária entre Madrid e Lisboa e a sua passagem por Castela-Mancha e a plataforma logística de Talavera de la Reina e a sua ligação com o porto de Sines.

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