Daniel Chapo (da Frelimo, partido do governo) venceu as eleição presidencial de Moçambique e, como tal, será o próximo presidente do país. Chapo venceu o pleito com 70,67% dos votos, alcançados (em grande parte) na província de Maputo. No total, Chapo conseguiu um total de 4.912.762 votos. Em segundo lugar ficou Venâncio Mondlane, do Podemos (que não tinha lugar no parlamento). Mondlane, que viu membros da sua comitiva serem assassinados, teve um forte apoio na província da Beira. O terceiro lugar ficou para Ossufo Momade, do histórico partido Renamo. Em relação aos governadores provinciais, a Frelimo garantiu os 10 governadores que já tinham. A Frelimo reforçou a sua maioria absoluta mas o até então desconhecido Podemos passará a liderar a oposição em Moçambique. País, especialmente no sul, onde 20 mil pessoas enfrentam insegurança alimentar. Segundo Vítor Ramalho, que está de saída da presidência da UCCLA, a Frelimo está por detrás da vida e da morte no país.
Os resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições são resultados das eleições que decorreram no início do mês de Outubro e escolheram também governadores e membros da assembleia. Os resultados, que já começam a ser contestados pela oposição, carecem da validação do Conselho Constitucional. Até os Bispos apontam irregularidades e violência nas eleições gerais. Assim que os resultados foram anunciados, protestos sairam a rua.
Votaram nesta eleição 43,48% dos mais de 17,1 milhões de eleitores inscritos. O atual presidente, Filipe Nyusi, já não pode concorrer a estas eleições. A tensão vivida em Moçambique, onde existem distúrbios, está a ser acompanhada com tristeza pelos estudantes moçambicanos em Portugal. A vitória de Chapo não é vista com surpresa.