A poetisa portuguesa Ana Luísa Amaral ganhou o XXX Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana. Este galardão, que é atribuído pela Universidade de Salamanca, distingue os autores vivos que contribuam de forma significativa para o património cultural Ibero-americano. Antonio Sáez Delgado, professor associado da Universidade de Évora (Cátedra de Estudos Ibéricos) e membro do júri do Prémio Virgílio Ferreira, numa entrevista a agência EFE, considera a poetisa uma das relevantes da actualidade e um símbolo do feminismo português, «uma das mais importantes vozes das letras portuguesas das últimas três décadas”. Sobre esta vitória, a autora contou aos meios de comunicação que «foi uma felicidade imensa, uma alegria e uma honra» receber esta notícia.
Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa em 1956 mas é em Leça da Palmeira que se inspira para criar. Uma das organizadoras do livro Novas Cartas Portuguesas 40 Anos Depois, poesia, romance e teatro são alguns dos géneros que domina. Com 33 obras editadas, os seus trabalhos já chegaram a latitudes tão diversas como o Brasil, Espanha ou o México. Vencedora de inúmeros prémios, em Espanha já recebeu o Leteo e a associação das Livrarias de Madrid atribuiu-lhe o prémio Livro do Ano (2020), na área de Poesia, pela publicação de What’s in a Name.
Com o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana, Ana Luísa Amaral tornou-se na terceira pessoa oriunda de Portugal a ganhar (Sophia de Mello Breyner e Nuno Júdice) e a quarta da lusofonia (o brasileiro João Cabral de Melo Neto ganhou em 1994). A vitória da poetisa e professora universitária dota-a com um prémio monetário de 42.100 euros.