Portugal continua a lembrar os 50 anos do 25 de Abril. Depois de uma manifestação que lembrou a figura de Amílcar Cabral (criador do PAIGC), o DocLisboa vai dar voz aos comandos oriubdos de África e que lutaram pela bandeira do colonizador. O militar mais condecorado do exército s é um antigo soldado da África portuguesa. Boa parte dos membros desta força especial (criada por um macaense) são da Guiné-Bissau, um dos locais onde a guerra foi mais sangrenta. Ao contrário dos seus colegas de armas em Portugal (que recebem vários apoios estatais), os comandos africanos sentem-se traídos. Pois não recebem nada. Passaram de heróis a vilões de mais uma história que ambos os países partilham. Estes guineenses que lutaram pelo regime colonial, e até 1974 eram cidadãos portugueses, não têm voz na narrativa histórica contada por nenhum dos lados desta guerra. Por uns chamada de Ultramar, por outros de Libertação. Como se relembra neste documentário, a Guiné foi a única colónia portuguesa com uma tropa de elite unicamente composta por africanos negros. A Guné desempenhou um papel muito importante no 25 de Abril, em vários aspectos.
«Por ti, Portugal, eu juro!» vai estrear, integrado na secção secção “Da Terra à Lua», no DocLisboa 2024. Este documentário dá voz aos comandos africanos. As suas histórias serão contadas através de imagens de arquivo e de entrevistas a estes guineenses. O filme resulta de uma investigação jornalística.
O documentário é realizado por Sofia de Palma Rodrigues e Diogo Cardoso. A 22.ª edição do DocLisboa vai acontecer, em vários pontos de Lisboa, de 17 a 27 de Outubro.
