Portugal e o Brasil dão os parabéns ao vencedor das legislativas na Guiné-Bissau

O líder da coligação que vai formar governo na Guiné pretende continuar a cooperação com os países da CPLP

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A coligação PAI-Terra Ranka, de Domingos Simões Pereira (líder do histórico PAIGC), é o grande vencedor das legislativas da Guiné-Bissau. A coligação, que vai formar governo (ainda não se sabe o nome de quem será o futuro primeiro-ministro), venceu com maioria absoluta e pretende continuar a excelente cooperação bilateral com vários países, tendo os de língua portuguesa um carácter especial.

O novo governo da Guiné-Bissau pretende, com muita esperança, construir um novo dia para este país africano. Simões Pereira, que já falou, afirmou que «Temos de esquecer tudo o que ficou para trás». Para ele, quem ganhou foi a Guiné-Bissau. Durante a campanha, Sissoco Embaló afirmou que jamais daria o lugar de primeiro-ministro do país a Simões Pereira.

Após conhecidos os resultados, o presidente guineense admitiu voltar atrás pelo bem nacional. O líder da coligação vencedora demonstrou abertura em falar com outros partidos para poder formar o melhor governo  possível. Esta votação demonstrou o compromisso dos guineenses para com a democracia. Esta eleição colocará 102 novos membros para a Assembleia Nacional Popular da República da Guiné-Bissau.

Esta eleição, de onde sai não só os novos deputados mas também o novo governo da Guiné-Bissau, aconteceu pois o presidente Sissoco Embaló dissolveu o parlamento há mais de um ano, em Maio de 2022. A coligação vencedora conseguiu 54 dos 102 deputados que esta assembleia tem. Um dos partidos mais recentes no espectro politico guineense, o PTG (criado em 2021), conseguiu seis deputados.

Mais de vinte partidos participaram nas eleições guineenses

Vinte partidos e duas coligações apresentaram-se ás urnas. O grande derrotado da noite foi a  a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro cessante Nuno Gomes Nabiam. Esta eleição, que aconteceu a 4 de Junho, foi acompanhada de perto por uma Missão de Observação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

900.000 eleitores guineenses participaram nesta votação. Em Portugal, as filas para votar chegaram a dar a volta ao quarteirão. Esta eleição foi bastante participada e decorreu de uma forma bastante tranquila. Após conhecidos os resultados, milhares de apoiantes da coligação vencedora romperam o cordão policial colocado há já vários dias na Praça dos Heróis Nacionais, onde fica a presidência guineense.

Portugal foi um dos primeiros países a felicitar o vencedor das legislativas na Guiné-Bissau. O Governo português, que congratulou todos os partidos participantes no pleito eleitoral, afirmou querer «aprofundar a excelente cooperação» com Bissau. O Brasil também já felicitou o «ambiente de tranquilidade» que se viveu nestas eleições. Na nota emitida pelo ministério dos negócios estrangeiros de Lula da Silva é possível ler que o «governo brasileiro reitera seu apoio às instituições democráticas bissau-guineenses».

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