A comunidade de linces ibéricos continua a crescer depois de um período em que correram risco de extinção

Os linces ibéricos estão espalhados um pouco por todo o território, incluindo zonas que não faziam parte da zona de recuperação

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A população de linces ibéricos continua a crescer e já ultrapassa os dois mil exemplares em todo o território. Os números foram conseguidos devido a um censo anual que é realizado pelo projeto European Life e coordenado pela Junta da Andaluzia mas também conta com várias comunidades autónomas de Espanha e Portugal.

Segundo os membros deste projeto, no último ano, alguns destes exemplares dispersaram-se pelo território ibérico, alguns até se fixando em áreas não contempladas pelos programas de conservação. Estes animais, que precisam de um terreno vasto onde possam correr, são acompanhados por especialistas através de radiotransmissores. Para manter a diversidade genética muitos dos linces nascidos em Espanha são soltos em Portugal e vice-versa.

Vários dos assentamentos naturais ficam na Extremadura. Na Andaluzia, as principais comunidades estão em Doñana-Aljarafe, Andújar Cardeña ou Guadalmellato. No total, a população andaluza chega a 686 de um total de 2.021 exemplares. Este aumento nas populações é explicado pela reintrodução destes animais na natureza.

No início deste século, a população de linces estava criticamente ameaçada com a existência de uma centena destes animais. A diminuição da sua habitual área de distribuição e o declínio do coelho-bravo, a sua principal presa, graças a caça foram alguns dos aspetos que colocaram em causa a manutenção deste animal tão característico da fauna ibérica.

Uma das causas mais avançadas para a morte destes animais é o atropelamento. Neste lado da fronteira, mais precisamente no Vale do Guadiana, existem 53 fêmeas com 100 filhotes num total de 291 exemplares.

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