No Salão Nobre dos Passos do concelho de Lisboa, local onde o antigo junta-se com o contemporâneo, aconteceu a conferencia de imprensa de apresentação da 6ª edição da Arco Lisboa. A Arco, onde a arte portuguesa dialoga com a espanhola (e europeia) é organizada pela IFEMA Madrid e pela autarquia de Lisboa. Este é um local onde a história está «aberta para o presente e virada para o futuro, como é a arte», lembrou o vereador Diogo Moura, responsável pela cultura em Lisboa.
A autarquia de Lisboa costuma participar na Arco Madrid. A Feira Internacional de Arte Contemporânea da capital portuguesa vai acontecer de 26 a 28 de maio na Cordoaria Nacional. Este espaço é um dos mais notáveis exemplos da arquitetura industrial do século XVIII que podemos encontrar na capital portuguesa. Durante quatro dias, Lisboa será o centro das atenções de todos os que trabalham com arte.
O dia 25 está dedicado a colecionadores e profissionais. Os jovens até aos 25 anos vão ser convidados (no dia 27) a ir a feira sem custos. Na maior edição de sempre desta feira vão participar 86 galerias provenientes de 23 países distintos. Serão 21 galerias a mais comparando com o ano anterior. Isto representa um aumento de 32% comparando com o ano anterior, que já tinha sido o mais participativo desde a criação desta feira em Lisboa.
«As galerias são as grandes protagonistas da Arco», lembrou Maribel López, diretora da Arco. Esta internacionalização, cada vez maior, representa um dos maiores fatores de atração não só da feira como de toda a cidade que «também quer ser um ponto de encontro da arte contemporânea», como afirmou o vereador Diogo Moura (Carlos Moedas não esteve presente nesta conferencia por estar em Madrid).
Lisboa como um dos polos da arte contemporânea na Europa
Desta forma, Lisboa volta a ser um dos polos artísticos e culturais mais atrativos e interessantes de toda a Europa. Pela Arco vão passar 150 convidados profissionais que desta forma vão poder conhecer de perto a arte portuguesa. Estes são colecionadores e compradores ativos. A autarquia de Lisboa vai expor as obras que comprou ao longo dos anos na Arco no Torreão Nascente da Cordoaria Nacional.
Todos os anos, este festival apresenta algo de novo, para além de dar uma maior visibilidade ao trabalho feito pelos galeristas. A Arco Lisboa, que tem um impacto relevante para a economia local, está dividida em três grandes seções: Programa Geral (onde podemos encontrar 55 galerias nacionais e internacionais), Opening Lisboa (espaço onde as novas galerias vão poder mostrar o seu trabalho) e África em Foco.
Pela Arco Lisboa vão passar várias galerias iberoamericanas. Algumas delas são: This Is Not a White Cube (Angola), W-Galeria (Argentina), Bianca Boeckel (Brasil), Alarcón Criado (Espanha), General Expenses (México), Arte de Gema (Moçambique), Insofar (Portugal) ou a W-Galería (Uruguai). Algumas das galerias vão participar com um solo. No Opening, os novos artistas e cenas vão ter um destaque especial numa feira bastante virada para a áfrica lusófona, já que vão participar galerias de Angola e de Moçambique.
Também haverá espaço que vai permitir a descoberta de novos projetos editoriais vocacionados para a arte e um conjunto de conversas onde especialistas vão apresentar as suas experiências e como olham para a arte. Uma das novidades desta edição será a primeira edição do Prémio Fundação Millenium BCP, que vai distinguir o melhor stand da feira. Este prémio junta-se ao já existente Opening Lisboa.