A contagem dos votos dos emigrantes terminou com a consagração de Luís Montenegro como o novo PM português. Estas legislativas, que foram marcadas após o pedido de demissão de António Costa, foram as que tiveram a taxa de abstenção mais baixa dos últimos vinte anos. A nomeação de Montenegro por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, isto depois de ter ouvido todos os partidos com lugar no parlamento português, aconteceu já de madrugada.
Depois de contados os votos dos emigrantes de mais de 145 países foram atribuídos 4 deputados, 2 do círculo europeu e os outros dois de fora da Europa. Augusto Santos Silva, anterior presidente da Assembleia, não conseguiu ser eleito pelo círculo de fora da Europa e desta forma vai voltar a dar aulas. No círculo Europeu, o PS venceu na Alemanha, país onde Mário Soares fundou este país há mais de cinquenta anos. PNS também venceu em França. No Brasil venceu o Chega, com 24,61% (13.724 votos), com a AD bem distante no segundo lugar, com 20,45% (11.406 votos).
Os dois deputados do círculo de fora da Europa foram entregues a AD e ao Chega. Em relação aos votos dos portugueses em Espanha, a AD ganhou com 24,5% dos votos, seguindo-se o PS (16,91%) e o Chega (9,38%). Este partido foi o que venceu o voto dos emigrantes com dois deputados, um de cada círculo. A AD ficou em segundo e o PS em terceiro lugar. Só conseguiram eleger um deputado pelo círculo europeu. Habitualmente o PSD e o PS costumavam dividir entre si os 4 deputados que são eleitos pelos portugueses que vivem no estrangeiro e votaram, uma grande maioria, por cartas.
Nenhum destes novos 4 deputados eleitos é do sexo feminino. Ao todo votaram 333.520 imigrantes, mas foram invalidados 122.327 mil votos, 36,68% de nulos. Na Europa venceu o Chega (18,31%, 42.972 votos) com o PS em segundo (16,22%, 38.061 votos) e a AD em terceiro (14,21%, 33,350 votos). Fora da Europa a vitória foi para a AD (22,90%, 22.636 votos), com o Chega em segundo (18,27%, 18.067 votos) e o PS em terceiro (14,58%, 14.410 votos). Se na Europa o Bloco de Esquerda foi o quarto mais votado, fora da Europa este lugar ficou para o PAN.
A contagem dos votos dos emigrantes foi vista como primordial para «desempatar» uma vitória da direita que aconteceu com uma curta vantagem (apenas dois deputados a mais comparando com o PS). Depois de todos os votos contados, o PSD fica com 80 deputados (2 foram eleitos pelo CDS) e o PS com 78. O partido de André Ventura vai ter 50 deputados no novo Parlamento português, e estes vão ficar sentados ao lado dos grupos parlamentares do IL (8 deputados) e da CDU (4).
O novo Governo da AD, que ainda não tem ministros anunciados e deverá ser empossado no dia 2 de Abril, deverá ter como prioridades a economia (com o IRS jovem), a escolha do novo aeroporto de Lisboa e a continuação das assinaturas dos contratos do TGV. António Costa, na rede social X, congratulou «o Dr. Luís Montenegro pela sua indigitação, com votos do maior sucesso na governação, para bem de Portugal e dos portugueses». O Governo presidido por Luís Montenegro será o XXIV Governo Constitucional do Portugal democrático.
Costa convidou Luís Montenegro, que já foi indigitado como novo primeiro-ministro português, para o acompanhar no seu último Conselho Europeu, em Bruxelas. Von der Leyen deseja «sucesso» a Montenegro e anseia trabalho conjunto, já Montenegro prometeu rapidez na execução do PRR.
