12/06/2025

António Guterres reuniu-se com o Papa para debater os esforços para a paz e a luta contra as alterações climáticas

O diplomata português foi recebido numa audiência no Vaticano depois de ter marcado presença na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que está a adormecer em França

Comparte el artículo:

Bluesky Streamline Icon: https://streamlinehq.comBluesky

Depois de António Costa foi a vez de outro português se encontrar com o Papa Leão XIV, o américo-peruano que iniciou recentemente o seu pontificado. Saído de Nice, onde esteve na Conferência dos Oceanos da ONU, António Guterres (que tem uma grande ligação com o catolicismo, especialmente devido a igreja da Luz onde na altura do Estado Novo se encontrou com vários nomes contra a ditadura, como era o caso de Marcelo Rebelo de Sousa) esteve no Vaticano onde falou com o Papa sobre a cooperação entre as duas instituições para construir um mundo pacífico, justo e sustentável. Neste aspecto, António Guterres defende que podemos ser mais ambiciosos.

Aqui os oceanos desempenham um papel bastante importante e na Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, António Guterres pediu que os países acelerem os seus esforços para a transição energética em direção a próxima COP (que vão acontecer no Brasil). Em França, antes de voar até ao Vaticano, Guterres pediu que mais países adiram ao Tratado do Alto Mar e a poluição por plástico. O mundo não pode ser um «faroeste», tanto em terra como no mar.

António Guterres está a realizar o seu segundo mandato como secretário-geral das Nações Unidas. A paz, as alterações climáticas, segurança e o desenvolvimento sustentável são algumasbdas prioridades das Nações Unidas e do Vaticano. Em relação às tensões vigentes também em Los Ángeles, a ONU apela que as tensões terminam e que exista um respeito mútuo.

O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, express0ou a António Guterres «o apoio da Santa Sé ao empenho das Nações Unidas a favor da paz no mundo». A ONU está a enfrentar grandes dificuldades, especialmente orçamentais depois da administração Trump ter cortado o seu apoio a esta organização. Que já alertou que existe uma queda no apoio humanitário no norte de Moçambique. No último ano, 184 trabalhadores da ONU foram mortos no exercício dos seus deveres, tanto na Faixa de Gaza, Sudão (onde a fome já «aperta») como em outras zonas de conflito.