Foi apresentado o primeiro censo, da autoria da LIFE Iberconejo (projeto que termina este ano), ibérico do coelho-bravo. Animal de orelhas e de cauda pequena. Este censo vai permitir que os governos de Portugal e de Espanha adotem medidas para proteger estas populações ao mesmo tempo que previnem os danos que provoca na agricultura. Especialmente nas zonas raianas é onde são reportados maiores estragos.
É nas zonas agrícolas que é possível encontrar o coelho-bravo ibérico e nem tanto no seu habitat natural. O coelho-bravo está em risco. Este animal é visto como um «engenheiro do ecossistema». Um balanço na natureza ibérica. Segundo o mapa, este animal está a decrescer no seu tamanho. O coelho-bravo é um animal típico da paisagem ibérica, ao estilo do lince ou do lobo. O coelho-bravo é um animal de pequenas dimensões mas com uma enorme relevância ecológica (já que é presa de mamíferos e aves) e socioeconómica.
Apesar de estar a crescer em várias zonas de Espanha, o mesmo não podemos dizer em uma boa parte do território português, que deveria estar a cumprir o seu papel ecológico como espécie presa e onde a sua caça gera benefícios socioeconómicos. A gastronomia portuguesa oferece vários pratos de coelho. O declínio do coelho ameaça também a dimensão social da espécie, associada à caça sustentável. Um dos problemas que este animal enfrenta são as infeções que acabam por ser mortais.
O coelho-bravo ibérico teve uma queda de 17,6% num período que foi de 2009 a 2022.