Caudal do Tejo aumenta um pouco mas continua a enfrentar uma situação de seca extrema

Maior rio ibérico enfrenta praga de algas com elevada toxicidade devido ao baixo caudal existente

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O Tejo tem estado com pouco água, sendo possível em algumas partes passar a pé, mas a situação tem sido revertida em Santarém. Os locais dizem que não havia tanta água desde fevereiro deste ano. Isto acontece porque Espanha abriu as comportas da albufeira de Cedillo, o que deu um maior caudal ao mais conhecido rio ibérico. Este alívio é visto como temporário caso não chova.

A Convenção de Albufeiras obriga Espanha a libertar no lado português do Tejo uma totalidade de 600 h3 de água. Na região, onde se deslocou o Secretário de Estado da Conservação da Natureza e Florestas para abordar o atual contexto de seca, existe uma forte contaminação de algas, já identificadas em Espanha. Elas apresentam uma extrema toxicidade e costumam aproveitar-se dos caudais mais baixos. A ProTEJO – Movimento Pelo Tejo identificou estas cianobactérias junto ao cais de Vila Velha de Rodão.

Com Portugal a viver uma das piores seca do último século, muitos investigadores levantam a possibilidade de o Tejo (um dia) acabar por secar. As alterações climáticas estão a fazer com que Portugal e Espanha estejam a viver cada vez mais de perto com temperaturas extremas e a seca. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lembrou que até meados deste século três quartos da população mundial podem viver numa situação de seca.

Até ao momento, o governo português assegura que existe água para consumo humano, mas aquela que é usada para regar em algumas zonas do país está a ser racionada. Logo no início do ano foi proibida a produção de energia elétrica em cinco barragens que apresentavam um baixo caudal.

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