Pela primeira vez na história, o México terá uma mulher no cargo de presidente. Uma nova era deverá começar no país, onde foram assassinados 32 candidatos antes (e já depois) do pleito eleitoral. A grande vencedora das últimas eleições foi Claudia Sheinbaum, antiga autarca da Cidade do México. A candidata ganhou estas eleições com 59,22% dos votos. Esta foi a maior votação nos dois séculos de existência do México como um país independente. A candidata de esquerda ficou quase trinta pontos a frente do segundo classificado e oito milhões de votos a mais dos que AMLO teve quando foi eleito. A nova presidente também terá do seu lado o Congresso e no Senado.
Sheinbaum é aliada política do chefe de Estado cessante, Andrés Manuel López Obrador. É descrita pelos mais próximos como melhor gestora que oradora. A mexicana junta-se desta forma a um seleto grupo de presidentes latinas mulheres, de onde pode lá destacar nomes como os de Dilma Rousseff ou Cristina Kitchen. Até ao fim do ano teremos eleições em Moçambique, será que poderemos também ter uma mulher na presidência em Maputo? A tomada de posse da nova presidente do México vai acontecer em Outubro, 70 anos depois da primeira mulher ter alcançado o cargo de senadora daquele país.
A vitória de Sheinbaum foi parabenizada por vários líderes internacionais, incluindo Luís Montenegro e Pedro Sanchez. Em relação ao português, o PM usou a sua conta na rede social X (antigo Twitter) para felicitar a presidente eleita e para garantir que os «governos irão colaborar proximamente, com vista ao aprofundamento dos laços de amizade e de cooperação entre Portugal e o México». Recentemente houve uma visita encabeçada pelo embaixador do México ao porto de Sines.
Quem também já deu os parabéns foi Sanchez, que lembrou a histórica vitória e desejou «aprofundar ainda mais as relações políticas e económicas em benefício de ambos os países». O líder do governo espanhol também teve uma conversa telefónica com Lula da Silva.
