02/04/2025

Conheça o Chiado, o «berço» artístico de Lisboa que encanta todos os que a visitam

Dos armazéns do Chiado às ruínas do convento do Carmo, muitos são os tesouros a visitar

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Lisboa está cada vez mais na moda e é impossível escolher uma das suas sete colinas como a favorita. Queremos conhecer cada um dos seus segredos. Do encanto de todos, incluindo dos turistas espanhóis, é o típico bairro do Chiado. Quem começa a subir a rua do Chiado parece que entra num universo paralelo com aromas únicos (a castanhas assadas no inverno e fruta fresca no verão), muita música no ar e pessoas a subir e a descer como se fossem «formiguinhas». O Chiado tem uma movida muito própria que não se encontra em outros bairros lisboetas. O Chiado fica entre o bairro Alto e a baixa pombalina. O Chiado é uma das zonas mais cosmopolitas da capital portuguesa e é palco de vários eventos, incluindo a noite branca ou o acender das luzes de Natal nos armazéns do Chiado. Nesta zona, encontra-se também o Museu Nacional de Arte Contemporânea.

Almas que muitas vezes não param para ver a bela arquitetura e os locais emblemáticos que aqui ficam. Devemos ser turistas também dentro do nosso país. Aqui estão as ruínas do Convento do Carmo, onde existem espectáculos e os universitários de Lisboa vão fazer as suas praxes (uma das coisas únicas que Portugal tem). O quartel do Carmo, ali mesmo ao lado, é marcante para a revolução e hoje em dia é um museu que relembra o período ditatorial e a luta que os portugueses tiveram pela liberdade.

Ali não muito longe fica o elegante teatro São Carlos com as suas óperas. O Chiado tem o seu nome devido a um taberneiro do século XV que tinha um espaço onde hoje são os armazéns do Chiado. Os Jacarandás em flor, que também podem ser encontrados no Chiado, dão um pouco mais de cor a este bairro e marcam o início do tempo quente em Portugal. Se tirar um pouco os olhos do chão e olhar para as placas nas paredes poderá conhecer um pouco a história da cidade de Lisboa, que é mais antiga do que Roma. No Chiado, tal como na Avenida da Liberdade, estão algumas das maiores marcas que podem ser encontradas em Lisboa. O Chiado passou um dos seus piores momentos com os incêndios dos seus armazéns, que chegaram a inspirar filmes da altura do «cinema de ouro de Portugal», na década de 80. Este espaço chegou ao que conhecemos atualmente apenas nos anos 90 pela mão do arquiteto Siza Vieira, prêmio Pritzka (o equivalente aos Óscares na arquitetura).

A conhecida revista espanhola Hola descreve esta zona da capital como a «Montmarte» portuguesa. A comparação com o bairro francês acontece devido a autenticidade que aqui ainda reside e que convive com a arte não só mais tradicional mas também contemporânea. No Chiado existe uma forte ligação às artes, especialmente às letras, com estátuas de vários autores (como é o caso do padre António Vieira) ou a descrição em livros icónicos, como os ‘Maias’. O Chiado foi o centro de várias correntes em Portugal, incluindo o romantismo.

Aqui está ‘A Brasileira’, café que tem uma estátua de Fernando Pessoa a entrada e que encanta todos os que passam e tiram uma foto a um dos poetas maiores de Portugal. Fernando Pessoa tinha uma forte ligação ao Chiado já que no Largo de S. Carlos, à frente do teatro com o mesmo nome, encontramos o edifício onde nasceu o poeta.

No Chiado, para além das igrejas e dos artistas de rua há mercados (especialmente ao fim-de-semana) e livrarias e alfarrabistas, que nos fazem mergulhar entre as novidades da literatura e pérolas escondidas nas suas prateleiras.

Portugal e Espanha juntos são a maior plataforma turística do mundo.