Os especialistas da Sociedade Portuguesa de Alcoologia defendem que Portugal deve, tal como Espanha, reduzir o limite de álcool no sangue para quem queira conduzir. A mudança em Espanha foi saudada pela Sociedade Portuguesa de Alcoologia mas ainda não é definitiva. Houve apenas uma primeira votação positiva no Parlamento espanhol (a ideia foi avançada pelo PSOE). A taxa quando for aplicada será a todos, independentemente do tempo em que tem a carta de condução. A Suécia e a Noruega são dois dos países que tem na sua legislação o 0,2 como linite de álcool no sangue para conduzir.
Isto porque é completamente diferente conduzir com uma taxa de 0,2 ou de 0,5 gramas de álcool no sangue. As taxas de 0,2 gramas estão normalmente associadas a uma leve sensação de euforia, uma discreta redução das inibições e uma leve diminuição da coordenação motora. O 0,5 traz uma euforia mais profunda. Mas provoca o dobro dos acidentes. Em Portugal, o limite legal de álcool no sangue é de 0,5 gramas para a generalidade dos condutores e de 0,2 g/l para condutores profissionais e com carta de condução provisória.
A partir de agora, em Espanha só se poderá conduzir com uma taxa de 0,2 gramas por litro de álcool no sangue. Para a Sociedade, esta diminuição ajuda a combater a sinistralidade pois quanto maior a taxa de álcool no sangue mais tempo demoramos a travar um carro ou desviar de obstáculos. A sinistralidade rodoviária é um dos principais problemas de Portugal mas a verdade é que está melhor do que há duas décadas, em que morriam tantas pessoas no país em acidentes como se estivéssemos numa guerra. Existem mais 33% de acidentes em Portugal do que no resto da Europa. Portugal também vai debater redução da taxa de álcool na condução.
Portugal é o país que mais consome vinho no mundo (Espanha é o sétimo) e isto influencia na condução. 21% da população consome bebidas alcoólicas. Por isso, se conduzir não beba!
