Coração de D. Pedro já está no Brasil e foi recebido com honras de chefe de Estado

Visita de Estado única está a ser notícia em todo o mundo e reforça as relações entre os dois países

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O coração de D. Pedro IV de Portugal, I do Brasil, já chegou ao país escoltado por dois caças da força aérea brasileira. No Brasil vai participar nas comemorações dos 200 anos da independência, que vão ter o seu ponto alto já a 7 de setembro. Já que foi a data em que o monarca deu o famoso grito de Ipiranga que afastou a antiga colónia dos braços de Portugal. Este foi um pedido expresso do executivo de Bolsonaro, mas vários historiadores brasileiros são contra pois temem que D. Pedro seja usado com motivos políticos.

Se o corpo do fundador do Brasil repousa em São Paulo, já o seu coração ganhou (por sua vontade) casa na cidade invicta do Porto. O coração descansou durante 200 anos numa igreja do Porto guardado num recipiente de vidro que está dentro de uma urna dourada. Graças ao formol está preservado nas melhores condições. O “desenterrar” da relíquia portuguesa está a centrar vários olhares.

O monarca, que deu a independência a nação brasileira, foi acompanhado pelo autarca do Porto, Rui Moreira, um dos responsáveis pelas cinco chaves usadas para guardar o conhecido órgão. Esta viagem está a ser noticiada em todo o mundo (como é o caso de Espanha ou da Coreia) já que poucas vezes se viu um país enviar para outro (parte) dos restos mortais de um dos seus antigos chefes de estado. Esta visita é mais um capítulo na relação especial entre os dois países irmãos.

Recebido com honras de chefe de Estado, o coração esteve no Palácio do Planalto com Jair Bolsonaro. Presenta na cerimónia também estará o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, que na quinta-feira de manhã também presidirá, no Instituto Rio Branco, a uma palestra intitulada: Dois povos unidos por um coração – o significado político e simbólico de D. Pedro para Portugal e o Brasil. Depois do regresso de Rui Moreira ao Porto, o coração continuará a ser acompanhado pelo comandante da PMP, Leitão da Silva.

No Palácio do Itamaraty, berço da diplomacia brasileira, estará numa exposição “controlada” aberta ao grande público até ao dia 5 de setembro. A exposição será feita sob estritas condições ambientais para não colocar em causa o bem-estar do frágil órgão. 9 de setembro é a data programada para o seu regresso a Portugal. Na volta ao Porto, tal como na sua partida, o coração ficará dois dias (10 e 11) exposto ao público.

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