A cidade de Lisboa vai levar mulheres escritoras na representação que vai ter como convidada na Feira do Livro de Buenos Aires de 2024. A curadora da representação portuguesa, Carla Quevedo, está apostada em levar uma representação de jovens escritoras nacionais que em Buenos Aires poderão ter uma excelente montra para mostrarem os seus trabalhos na América Latina.
A feira de Buenos Aires, que tem previstas 1.500 actividades culturais diversas, foi apresentada nos Paços do Concelho de Lisboa. Nesta apresentação esteve presente o presidente da Fundação El Libro, Alejandro Vaccaro. Este defende que a feira do livro é diversa, plural e aberta a todos. Vaccaro lembrou Saramago e afirmou que «hoje, em Lisboa, começa a viagem para a Feira do Livro de Buenos Aires».
A feira argentina (que demonstra que Buenos Aires não é apenas Tango), que costuma ser visitada anualmente por mais de um milhão de visitantes, é uma das cinco maiores do mundo (ao lado da mexicana de Guadalajara). Segundo Carlos Moedas, a delegação lisboeta pretende «dar visibilidade aos autores que não têm visibilidade e dar visibilidade às mulheres, sobretudo as mais jovens».
Ainda não sabemos quais vão ser as escritoras que vão fazer parte desta delegação lusitana. Também existirão escritoras portuguesas mais consagradas. Também haverá espaço para escritores masculinos, exposições e momentos musicais. No Pavilhão de Portugal haverá espaço para conversas entre escritores portugueses e argentinos
.A Feira Internacional do Livro de Buenos Aires vai começar, no próximo ano, numa data bastante simbólica para Portugal, 25 de Abril, e vai durar 19 dias. Numa feira onde é possível encontrar livros que não estão habitualmente nas livrarias, Lisboa vai dar-se a conhecer aos argentinos e demonstrar que aqui há mais escritores do que só Pessoa ou Saramago (que foi Prémio Nobel da Literatura há 25 anos atrás). Para além de Lisboa, Portugal será o convidado de honra da feira argentina. É um convite alargado a toda a língua portuguesa. A ideia de convidar Lisboa surgiu, em parte, devido ao papel do escritor argentino Alberto Manguel, que transferiu para a capital toda a sua biblioteca.