Desfile militar junto ao Tejo comemorou o centenário da travessia do Atlântico Sul

Presidente da República dá ordem de partida a uma expedição que relembra os passos de Sacadura Cabral e Gago Coutinho

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Os jardins de Belém, junto da Torre, receberam uma parada militar que faz parte do programa de comemorações do centenário da travessia do Atlântico Sul feita por Sacadura Cabral e Gago Coutinho. Militares e civis reuniram-se sobre o sol de Lisboa para ver a estátua apresentada e o navio parado no Tejo. O dia ficou marcado por um desfile conjunto dos três ramos das forças lusitanas e o início da expedição Lusitânia, que vai replicar por mar e a vela o percurso feito pelo duo. A expedição que partiu da barra de Belém vai ter paragens em Las Palmas, Mindelo, Recife e Rio de Janeiro. Nestes locais haverá palestras sobre a responsabilidade social e ambiental.

Os dois pilotos portugueses partiram de Belém no dia 30 de Março de 1922 para fazer a travessia que com um hidroavião terminaria no Rio de Janeiro. Coragem, bravura e o espírito de viagem (descobertas) são alguns dos sentimentos que ficaram vincados na ligação criada pelo Lusitânia. Marcelo Rebelo de Sousa, que presidiu a esta cerimónia, no seu discurso relembrou este feito e pediu um maior investimento na ciência, tecnologia ou defesa.

«É preciso retirar lições para o futuro», disse o presidente português que olha para Cabral e Gago Coutinho como dois representantes do melhor que o pais tinha para dar. No discurso, Marcelo Rebelo de Sousa reafirmou os «laços de fraternidade» que ligam Portugal aos países que fizeram parte desta rota. Os representantes de Espanha, Cabo Verde e do Brasil receberam medalhas comemorativas da travessia do Atlântico que está a ser celebrada em conjunto com o bicentenário da independência brasileira.