As cerimónias oficiais do 10 de Junho aconteceram na África do Sul e na cidade de Peso da Régua. Antes de se saber qual é o lugar internacional onde estas celebrações vão acontecer em 2024, o presidente da República já adiantou que será um país europeu, as mais altas figuras do Estado deslocaram-se para Peso da Régua. Esta data também está a ser celebrada internacionalmente.
Vinte e dois governantes portugueses estão a comemorar o 10 de Junho em mais de uma vintena de países, junto com a comunidade portuguesa. Na Argentina, a ministra da presidência, Mariana Vieira da Silva, foi recebida pela vice-presidente e esteve no Estádio La Bombonera, casa do Boca Juniors. A Junta da Extremadura também aproveitou a ocasião para enviar um abraço a todos os portugueses e pediu uma maior cooperação entre as comunidades raianas.
Na pequena cidade portuguesa, centenas de populares saíram a rua e colocaram bandeiras para comemorarem mais um Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. O céu azul, azul de sonhos, saudou todos os portugueses (e não só) que decidiram sair a rua. Este é um dia em que os portugueses, independentemente do lugar do mundo onde estejam, se aproximam da sua «pátria espiritual» (como Pessoa já dizia na Mensagem).
Peso da Régua, a capital do vinho do Douro
A cidade, que é a capital do vinho do Douro, recebeu tanto o habitual desfile militar como um discurso do chefe de Estado. A comercialização de vinhos do Porto e do Douro atingiu um valor recorde, muito impulsionado pelo consumo dentro de portas nacionais. Todos os dias chegam ao Alto Douro Vinhateiro centenas de turistas. Costa e Marcelo estiveram, mais uma vez, lado a lado no momento das respectivas legislaturas em que estão mais afastados.
Aproveitando o cenário natural que se perfilava perante os seus olhos, Marcelo Rebelo de Sousa advertiu que Portugal (com quase 900 anos de existência) não é eterno e que é necessário «cortar os ramos mortos que atingem a árvore toda». Muitos leram esta metáfora como uma indirecta para alguns dos ministros do actual Governo, como é o caso (do presente) João Galamba.
Marcelo também enalteceu não só o espírito dos combatentes, o trabalho feito pelos emigrantes (Portugal é dos países mais envelhecidos do mundo) e a vocação natural dos portugueses para fazerem pontes entre continentes ou povos. A desertificação leva a falta de uma mão-de-obra bastante necessária. O Douro, aqui, representa a indiferença dos portugueses em muitos tópicos. Também lamentou que mesmo estando a crescer economicamente. Portugal continua a ser um país de grandes contrastes. Especialmente entre o litoral e o interior. Na mensagem passada, Marcelo Rebelo de Sousa pediu uma maior «mobilização, unidade e continuidade».