Quando falamos de área de vinha plantada, Portugal está em quinto lugar a nível europeu e em nono a nível mundial. Mesmo assim, os vinhos portugueses ganham a cada ano que passa maior fama internacional. Quando o nome de Portugal é referido no estrangeiro muitas vezes é associado com bom vinho e boa gastronomia. A junção destes dois factores ao turismo faz com que Portugal de «cartas» no enoturismo.
Os vinhos de Portugal continuam a encantar o mundo e o país já se tornou o segundo maior destino de enoturismo, ficando a frente da França, Argentina ou de Espanha. A frente de Portugal apenas fica a Itália, que ganha com o enoturismo 745 milhões de euros. Segundo dados apresentados pela Associação Portuguesa de Enoturismo, Portugal ganhou, em 2020, 700 milhões de euros graças ao enoturismo.
Esta associação conta com 110 associados que representam 70% do sector vitivinícola em Portugal. A Sogrape, o meior grupo vitivinícola português, é o responsável pelas caves do Porto em Vila Nova de Gaia. As visitas anuais a estas caves representam, apenas, 6 milhões de euros numa receita anual que passa os 347. Indo mais para sul, para a zona de Azeitão, encontramos a quinta Bacalhôa, pertencente ao grupo com o mesmo nome. O grupo, que produz moscatel, teve em 2022 o seu «melhor ano de sempre» e 2023 promete não ficar atrás. Quem visitar esta quinta poderá conhecer todo o processo que começa com a vindima e termina com uma prova de moscatel numa das lojas que fica na saída deste lugar.
Em 2030, o mercado global de enoturismo deverá render 30 mil milhões de euros. Nesse mesmo ano, Portugal poderá ganhar 2,1 mil milhões de euros graças a este mercado. O enoturismo é visto como «uma actividade rentável e com grande potencial» por inúmeros produtores portugueses.