Espanha e Portugal sentem a sua produção alimentar ameaçada e vão pedir ajuda a Bruxelas

Os países ibéricos vão pedir a mobilização extraordinária da reserva agrícola para manter uma atividade bastante fustigada pelas alterações climáticas

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Os ministros da Agricultura de Portugal e de Espanha reuniram-se em Lisboa para analisar a seca e como esta tem afetado a produção alimentar em território ibérico. Os governantes também analisaram a agenda espanhola, que vai assumir a presidência do Conselho da UE já neste verão, no que toca a agricultura. A ministra portuguesa acredita mesmo que a alimentação pode estar ameaçada em vários estados-membros e para combater esta situação vai pedir medidas estruturais a Bruxelas para combater esta situação. Uma dessas medidas deverá ser o adiantamento dos valores da PAC. Esta reserva pode dar a Portugal 400 milhões por ano.

Portugal e Espanha são dois dos países mais vulneráveis às alterações climáticas na Europa. A seca no território ibérico tem feito com que várias barragens e bacias hidrográficas estejam com níveis preocupantes. Para garantir água para o consumo humano, em Portugal, já se proibiu a produção eletrica em algumas barragens. Pede-se mais apoio para o setor pecuário, que devido a seca já não tem o que dar para os animais comerem.

Para os alimentarem tem que comprar ração, o que torna a criação destes animais mais cara. O pedido português será subscrito por França, Espanha e Itália. Segundo a ministra Maria do Céu Antunes, este é «um sinal claro da preocupação em relação à utilização da água enquanto recurso fundamental para a produção de alimentos, sendo que esta está ameaçada em Portugal, Espanha e outros Estados-membros». Esta declaração foi dada numa conferência de imprensa dada ao lado do seu colega espanhol, Luis Planas.

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