Um ciclo de teatro vai levar a Évora companhias de Portugal e de Espanha. Seis companhias, cinco espanholas e uma portuguesa, vão fazer parte do Circuito Ibérico de Artes Cénicas. Este circuito, segundo o Centro Dramático de Évora, visa «desenvolver as relações teatrais no espaço ibérico, contribuindo, dessa forma, para aproximar estas duas realidades». A aproximação vai acontecer através da produção teatral feita nos dois países.
O centenário Teatro Garcia de Resende arranca com este ciclo na segunda-feira, dia 21 de Fevereiro, pelas 21:30. A companhia Hiperbólicas Producciones vai apresentar a obra La Confesión, que passa-se nos festejos do mundial de 2018. A festa encheu as ruas de Espanha mas a polícia prendeu uma jovem que pretendia realizar um ataque terrorista contra os jogadores da seleção.
No dia seguinte, às 19:00, vai subir a palco a peça Medea, la extranjera. Esta peça, como explica a organização, «é uma história de amor, ou melhor, o reverso negro de uma história de amor que está a acontecer agora. Todos nós, em algum momento das nossas vidas, fomos Jasão ou Medeia».
Na quarta-feira, também pelas 19 horas, a companhia extremenha vai apresentar Amalia y el rio, de Agustín Iglesias. Esta peça relata a história de Antonia La Lirina, uma mulher contrabandista no pós-guerra civil espanhola. A acção desenrola-se, entre Olivença e Badajoz.
A 24 de Fevereiro será a vez da peça El jardín de Valentín, de Cristina Yañéz. Este espectáculo retrata dois palhaços que «enfrentam perigos com a inquietação que a solidão produz», mas para os quais «o jardim de Valentín é o lugar perfeito, onde podem expor as suas fantasias, ilusões e desejos, sabendo que o fim é apenas o começo».
O ciclo de teatro vai terminar na sexta-feira, às 21:30, com a peça Quem se chama Saramago. Esta coprodução, da portuguesa Teatro das Beiras e da espanhola Karlik Danza Teatro, é uma meditação do universo onde vivia o escritor português e como os seus livros representavam a sua vida.