Feira Ibérica de Teatro regressa ao Fundão para valorizar as artes cénicas

Itália e Israel juntam-se pela primeira vez às companhias espanholas e portuguesas. Ao todo haverá 17 espetáculos abertos ao público

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Começa já esta quarta-feira, 28 de junho, a quarta edição da Feira Ibérica de Teatro (FIT) no Fundão, estendendo-se até ao primeiro dia de julho. À semelhança do ano passado, o certame traz espetáculos de teatro, circo, dança e artes de rua, bem como atividades profissionais, a vários espaços da cidade, desde o Auditório da Moagem ao Octógono e à Praça Amália Rodrigues.

Em exibição estarão 17 projetos selecionados por um júri, “constituído por diversos profissionais de referência das artes do espetáculo de Portugal e Espanha”, conforme nota a organização. A programação, cuja novidade é a participação de duas companhias de Itália e Israel para além das ibéricas, resulta da avaliação de mais de 460 propostas “oriundas de 8 países”.

De acordo com o diretor da feira, Alexandre Barata, esta edição assinala “um maior protagonismo” das atividades profissionais, comparando com anos anteriores. Em destaque estão as “Jornadas Ibéricas de Cooperação”, que prosseguem no Fundão, logo no dia 28, depois de um primeiro encontro realizado em Madrid sobre “harmonização fiscal e contratação pública”.

A atividade resulta da parceria entre a companhia organizadora da feira, EsTe – Estação Teatral, e a MADFeria de Madrid. Juntas pretendem “colocar na agenda da cooperação entre Portugal e Espanha temas de grande relevância e atualidade para o desenvolvimento de um mercado ibérico das artes do espetáculo”, salienta o responsável.

No dia 30, será a vez de uma mesa-debate sobre mediação de públicos. “Quem nos viu e quem nos vê? – estratégias de relação com os públicos” será moderado por Elisabete Paiva (Materiais Diversos) com a participação de Maria Sanchez (RED Escena) e Marco Ferreira (BAAL17). A par dos “Encontros Comerciais”, que se realizarão ao longo do evento e servirão para “facilitar contactos, explorando oportunidades e possibilidades de programação nos dois países” ibéricos.

Apesar da continuidade da feira, Alexandre Barata não deixa de frisar alguns constrangimentos: “com apenas 4 edições, importa ter em atenção a melhoria das condições de acolhimento para companhias programadas e agentes culturais no geral”. Ainda assim, mesmo com a dificuldade de crescer “em número de participantes” no momento, o responsável afirma como prioridade o encontro entre criadores e programadores ibéricos. “Podemos sempre aprender como fazer melhor para que todos aqui possam trabalhar bem os seus contactos e que fiquem com vontade de voltar”.

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