Joias da coroa portuguesa vão ter a sua casa no Palácio da Ajuda

Museu do Tesouro Real abre dois séculos após o lançamento da primeira pedra

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Duzentos e vinte e seis anos após o início da obra, projetada pelo rei D. João VI (1795), as joias da coroa vão ganhar uma nova casa. As invasões francesas, incêndios, derrocadas e falta de consenso em relação ao desenho foram alguns dos problemas que a obra do Palácio teve que enfrentar. O projeto, várias vezes adiado ao longo dos séculos, finalmente verá a “luz do dia”. A empreitada agora concluída tem uma área de 12 mil metros quadrados e para as fachadas foram usadas 200 toneladas de pedra de lioz. O projeto custou 31 milhões de euros e segundo o primeiro-ministro foi pago na sua maioria graças às taxas pagas no turismo de Lisboa.

O Palácio da Ajuda vai receber o Museu do Tesouro Real. Este espaço, que vai abrir ao público no dia 1 de junho, vai receber mais de mil joias que são pertença da coroa de Portugal. O espólio vai ser guardado numa caixa-forte de alta segurança que estará dentro do edifício, mas separado das duas torres laterais que estão no Palácio da Ajuda. Esta mostra das joias da coroa vai estar dividida em 11 núcleos e 72 vitrinas.

Estes núcleos vão apresentar peças feitas em ouro e diamantes do Brasil, moedas e medalhas reais, joias de antigas coleções da família real, objetos de prata lavrada (salvas e pratas quinhentistas), artigos que pertenceram às coleções particulares do rei Fernando II ou alfaias litúrgicas e paramentos usadas nas cerimónias religiosas. A maior parte do atual conjunto é dos reinados de D. João VI e D. Luís I. Parte das joias da coroa portuguesa foram vendidas a rainha consorte Catarina de Médici de França por António de Portugal, Prior do Crato, que queria o apoio da monarquia gaulesa na resistência à união ibérica.

A coleção de joias que ficará no Museu do Tesouro Real nunca foi exposta na sua totalidade e é considerada uma das mais valiosas do mundo.

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