Um exercício naval, organizado pela Marinha Portuguesa, teve como objectivo treinar respostas a possíveis cenários de crise que precisem de uma resposta rápida. Ao longo dos dias, as forças presentes testaram e aperfeiçoar as suas capacidades na interdição de espaços marítimos, no desembarque anfíbio, realização de operações especiais ou reabastecimento no mar.
No exercício bienal CONTEX-PHIBEX 23 participaram 1.500 militares que treinaram-se em cenários navais e anfíbios. Estes treinos têm acontecido perto das costas de Setúbal e de Sesimbra. Ainda no ano passado, forças da NATO (incluindo a Armada Espanhola) estiveram a treinar-se nesta região. Para além da Marinha Portuguesa (a mais antiga do mundo) também participam meios navais e aéreos (incluindo drones) das Marinhas da Itália, Espanha e da Força Marítima Europeia.
Exercício pretende que as forças estejam em prontidão em tempos de guerra
Este exercício contribui, de forma significativa, para a manutenção dos padrões de prontidão e interoperabilidade das unidades participantes, bem como para a coesão de todas as forças e comandos envolvido. A Marinha Portuguesa tem que estar permanentemente disponível, especialmente no actual cenário de guerra na Europa, devido a vasta ZEE que o país tem (é uma das maiores do mundo).
O Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante Henrique Gouveia e Melo, considera o mar a primeira defesa de Portugal. Isto acontece pela importante posição geoestratégica que o país tem não só por poder ser usada como porta de entrada na Europa para os traficantes de droga sul-americanos mas também devido aos milhares de quilómetros de cabos de comunicação que tem como local de destino as baias portuguesas.