Forte temporal afeta Portugal de norte a sul

Chuva intensa enche as barragens portuguesas

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Apenas uma semana depois de um acontecimento meteorológico extremo que afetou a cidade de Lisboa, Portugal volta a ser afetado por um forte temporal. Os rios internacionais do Douro e do Tejo estão em nível amarelo para as cheias. Se antes o país estava em seca com várias barragens a correrem o risco de secar, agora as mesmas estão com quase 90% da sua capacidade (18 já estavam quase cheias antes das últimas chuvas).

O temporal tem provado inundações em vários pontos do país. As autoridades têm pedido para que as populações não saiam de casa pois existem estradas cortadas, na capital mas não só. Imagens áreas ou as redes sociais demonstram a dimensão das inundações em Portugal. Os afetados referem cenários «dantescos» que estão a acontecer um pouco por todo o país. Carlos Moedas, autarca de Lisboa, tem estado na rua desde o primeiro minuto. Moedas fala sobre uma «tragédia impossível de precaver». A Ordem dos Engenheiros avisa que as cheias em Lisboa (que serão cada vez mais recorrentes) apenas serão resolvidas com túneis de escoamento. Esta obra vai avançar já em março e irá durar 2 anos até estar pronta.

Os climatologistas lembraram que as populações foram afetadas com antecedência e como tal não havia mais nada que se pudesse fazer. A precipitação média anual em Lisboa é de 726mm. Apenas nos distritos de Santarém, Portalegre, Évora e Setúbal, os mais afetados, 5000 operacionais (incluindo as Forças Armadas) e 1616 meios terrestres foram ativados para a defesa de bens e de pessoas.

Destruição e perdas incalculáveis em Portugal após temporal

Estradas, muros ou pontes destruídas devido a força das águas são algum do imobiliário urbano que ficou destruído (as chuvas fortes também tem afetado as cidades de Cáceres e de Badajoz). No Alqueva entraram mais de 2,2 milhões de m3/s vindos de Espanha. Existem vários desalojados e perdas ainda por calcular. Comerciantes que já tinham sido bastante afetados nas cheias anteriores agora perderam tudo.

Especialistas temem que os afetados pelas cheias possam sofrer de stress pós-traumático. O primeiro-ministro já admite recorrer a fundo da UE para catástrofes. O autarca de Portalegre, onde pelo menos uma aldeia ficou isolada, também pensa em declarar catástrofe na região. No Parlamento, que esteve reunido, o PAN pediu que o governo declare estado de calamidade nas zonas afetadas.

O mesmo pedido é feito pela Confederação das Micro, Pequenas e Médias Empresas, também bastante afetadas.

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