19/10/2025

O antigo candidato à presidência de Moçambique, Venâncio Mondlane, é acusado de incitação ao terrorismo

Maputo é acusada de barrar a entrada de três humoristas lusófonos

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Dias depois da Cimeira da CPLP, Moçambique saltou para as notícias depois da proibição de entrada a três humoristas (um português, outro angolano e um brasileiro). Este trio queixou-se do tratamento recebido. A Iniciativa Liberal questionou a Embaixada de Moçambique em Lisboa sobre esta questão e lamentou que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, não ter feito nada para ajudar o trio de humoristas lusófonos que voltou a Lisboa sem ter feito a atuação que tinham agendado.

Segundo as autoridades do aeroporto, eles queriam entrar com visa de turistas mas Dinis Tivane, assessor do político e ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que não reconhece os resultados das eleições gerais de 9 de Outubro, acredita que este impedimento teve tons políticos. Já que o humorista angolano Gilmário Vemba esteve com Mondlane em Lisboa e demonstrou o seu apoio através das redes sociais.

Venâncio Mondlane passou um tempo na Europa e ainda no «velho continente» alertou que assim que voltasse a Moçambique corria o risco de ser preso. Em Portugal, Venâncio também passou pelo Porto, encontrou-se com deputados (portugueses e alemães), mas não foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa. Para o antigo candidato, o ainda presidente português «meteu água» ao não o receber no Palácio de Belém. «A ideologia do futuro é a ideologia da humanidade. É essa que eu defendo», sublinha Venâncio Mondlane.

Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia vai visitar Moçambique

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, que irá visitar Moçambique brevemente, anunciou um apoio militar de Moscovo a este país africano que luta contra terroristas na região de Cabo Delgado, que fica no norte do país. A última visita de Lavrov a Moçambique foi em 2018, antes do início do conflito na Ucrânia. A União Soviética foi o grande apoiante das antigas colónias portuguesas em África contra o controlo de Lisboa.

A sua congénere moçambicana, Maria Santos Lucas, quer empresas russas na exploração de gás e petróleo. Duas das riquezas de Cabo Delgado. Local onde as pessoas têm que fugir dos ataques terroristas mas a CPLP na última Cimeira olha mais para Gaza do que para esta região lusófona. A empresa Galp é uma das presentes em Cabo Delgado. Continuando a falar sobre economia, o Banco Mundial anunciou uma parceria, a cinco anos, com Moçambique.

A situação em Moçambique volta a ficar tensa. Segundo o Ministério Público de Maputo, o antigo candidato presidencial Venâncio Mondlane criou «pânico» e «terror», levando o país ao «caos». Moçambique viveu desde as eleições de outubro um clima de forte agitação social, com manifestações e paralisações convocadas por Mondlane.

Mondlane é acusado, formalmente, de uma tentativa de revolução depois das eleições que deram a vitória a Daniel Chapo. O principal rosto da oposição em Moçambique está acusado de cinco crimes.