Foi há 270 anos que a terra tremeu, destruindo a cidade de Lisboa e um pouco todo o território ibérico. Setúbal, Sesimbra ou o Algarve também sentiram fortemente o impacto deste abalo. Para recordar o terramoto que a 1 de Novembro de 1755, que destruiu Portugal e foi sentido em latitudes tão diferentes como os Estados Unidos, Brasil ou Marrocos, os monumentos (como o Castelo de São Jorge ou o Cristo-Rei) foram iluminados de roxo. Esta cor serviu para homenagear as mulheres de vítimas (o número oficial não é certo) que morreram no dia de Todos os Santos.
Uma data bastante importante não só para os católicos portugueses, mas também no México neste dia se celebram os que já não estão cá. O dia 1 de Novembro de 1755 ficou marcado na história de Portugal, e não só, já que há poemas escritos sobre esta data nos Estados Unidos e textos escritos sobre alguns dos maiores filosofos franceses que tentavam perceber: como, num dia dedicado a Deus, milhares de pessoas morreram?
Este sismo terá tido uma magnitude de 8.7 na escala e, para além dos incêndios, deu um origem a um tsunami que entrou na zona do Terreiro do Paço com ondas superiores a seis metros de altura. Antes desta onda chegar a Lisboa, os europeus não tinham uma palavra que representa-se uma onda gigante (maremoto).
O terramoto de 1 de Novembro de 1755 terá tido a sua origem perto do Banco de Goringe, nas costas de Portugal. A cidade, que era a quarta maior da Europa e um centro de comércio mundial, ficou em ruínas.
O terramoto que mudou Lisboa para sempre
Demorou-se quase cem anos para reconstruir totalmente a capital do Reino mas muitas das coisas que temos hoje vem deste acontecimento. Como é o caso do «Pão por Deus», algo que os jovens da área da grande Lisboa fazem sempre neste dia. A tradição começou depois do terramoto, a população passava fome e as crianças pediam pão. Agora as crianças pedem doces e andam com as máscaras de Halloween sem saberem, muitas delas, que o pedir «Pão por Deus» está ligado ao terramoto.
As sirenes dos quartos de bombeiros também soaran. Muitos defendem que o terramoto de 1 de Novembro de 1775 tenha levado a criação da Proteção Civil. Não podemos esquecer que a zona da grande Lisboa está em cima de uma falha tectônica, o que pode levar a que sismos desta magnitude podem voltar a acontecer.
Ao contrário dos nossos antepassados, que depois do sismo se aproximaram da orla marítima, em caso de abalo a pessoa deve proteger a cabeça e afastar-se o máximo possível não só da Irina marítima mas também de tudo o que possa cair, como é o caso das árvores e infraestruturas danificadas. É necessário recordar o que devemos fazer não só em caso de sismos mas também com outro tipo de desastres natui, como é o caso das tempestades (bastante comuns no inverno). Esta ação faz parte do movimento nacional “Recordar 1755”, promovido pelo Quake – Museu do Terramoto, em Lisboa.


