19/10/2025

Os 50 anos da independência de São Tomé e Príncipe foram celebrados com a «chama da pátria»

Nas celebrações participaram representantes de Portugal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Guiné Equatorial

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São Tomé e Príncipe é mais um dos países dos PALOP que chegou a marca dos 50 anos de independência. Depois da Revolução dos Cravos, que também já fez 50 anos, e da independência de Cabo Verde, o Governo de Lisboa queria que aquele arquipélago tivesse ido a um referendo. Esperavam que o povo votasse a favor de que o laço com Portugal continuasse num formato ao estilo estado federativo, como há no Brasil ou nos Estados Unidos. Mas os são tomenses votaram a favor da independência. Esta ficou fechada a 12 de Julho de 1975 com a assinatura do Acordo Geral de Cooperação e Amizade com o antigo colonizador. Este novo passo foi visto com muita satisfação, um novo capítulo vivido por aquelas ilhas do Atlântico sul. Cinquenta anos ainda é pouco tempo, mas já é algum.

«Nas nossas vidas, 50 anos é maturidade. Na vida de uma nação, 50 anos é juventude. Nós temos é que olhar para esses 50 anos que hoje se completam e olhar para tudo aquilo que fizemos, tudo aquilo que nós não pudemos fazer, e refletir para o futuro», reflectiu o presidente de São Tomé e Príncipe. Para este presidente, Marcelo é um bom amigo pessoal do seu pais.

Rebelo de Sousa nesta visita foi acompanhado por Paulo Rangel e representes dos partidos com lugar na Assembleia da República de Portugal. O cacau é uma das principais riquezas de São Tomé e Príncipe.

O chefe de Estado português defende a importância da cooperação militar com São Tomé e Príncipe e a reciprocidade dos vistos, questão central num momento em que se fala sobre a Lei da Nacionalidade em Portugal. Todos os anos, o dia 12 de Julho é assinalado com a chama da pátria a chegar à capital depois de ter percorrido todo o país. Nas celebrações, que aconteceram na Praça da Independência, participaram representantes de seis países (incluindo Portugal, Cabo Verde, Moçambique, Guiné Equatorial e a Guiné-Bissau).

Já se passou meio século mas os são tomenses ainda continuam «alérgicos a unidade nacional». O país ainda continua instável. Sofrendo das dores do colonialismo e de alguns complexos comparando com Cabo Verde, sempre visto como um exemplo em África. Unidade, trabalho e dignidade é um lema dos são-tomenses. As primeiras eleições livres em São Tomé e Príncipe aconteceram em 1991, pois de 1975 até a década de 90 só havia um partido.

O presidente da República desta nação insular, Carlos Vila Nova, agradeceu o apoio de Portugal e de Angola neste percurso de meio século de independência. «Volvidos 50 anos o país não está onde devia estar», lamentou Carlos Vila Nova. No Padrão do Equador do Ilhéu das Rolas, que fica na linha do Equador, é possível ter um pé em cada hemisfério. Neste país existem muitos tesouros para serem descobertos.

Marco Rubio também deixou os parabéns a São Tomé e Príncipe por esta data, em nome dos Estados Unidos, e mostrou-se ansioso por colaborarem no desenvolvimento económico do país e na segurança marítima. A Rússia tem muitos interesses nesta região de ilhas tropicais e resilientes.

No discurso, o político também pediu convergência das forças nacionais em torno das prioridades para o país. Para além dos habituais discursos políticos e desfiles militares, em São Tomé e Príncipe também aconteceu o Festival das Ilhas do Mundo, que juntou quatro países. Dezenas de activistas originários de São Tomé e Príncipe manifestaram-se em Lisboa contra 50 anos de «má gestão».