A véspera de Natal aproxima-se a “passos largos” e os portugueses já disseram que vão gastar metade do valor que habitualmente tinham direcionado para as prendas. Tudo para aguentar da melhor forma a atual crise inflacionista. O que não pode faltar na mesa tanto de portugueses como de espanhóis é os ingredientes para a ceia de Natal. Este será o jantar mais caro, até ao momento, no século XXI. Mesmo assim, o objetivo da Consoada (Nochebuena em espanhol) continua a ser apenas um, unir a família à volta da mesa de jantar para confraternizar e celebrar um tempo de paz e amor.
Os produtos que costumam estar presentes nas nossas mesas, como é o caso do peixe, carne ou mariscos, tiveram todos uma subida acentuada dos preços. Para encontrar uma subida tão cara no cabaz alimentar, pelo menos em Portugal, temos de recuar até (ao já longínquo) ano de 1992. Uma mesa natalícia em Portugal tem de ter o bacalhau com todos (estes acompanhamentos habitualmente são batatas e couves), polvo (isto se for mais apologista dos sabores do norte do país), Bolo-Rei, coscorões com mel, filhoses, arroz-doce ou tronco de Natal (bolo feito de chocolate). Estes são apenas algumas das comidas natalícias que não podem faltar na Consoada.
As frutas e os legumes devem ser os produtos natalícios mais baratos. Para fazer os doces, o leite e o óleo são bastante utilizados, mas as marcas mais baratas estão entre os 88 cêntimos (o leite) e um valor de mais de 2 euros (o óleo para fritar). Para ter o bolo-rei a mesa, prepare 3.99 euros. Só pelo Natal, os portugueses comem 5 milhões de toneladas. Na altura de ir comprar o “fiel amigo dos portugueses”, prepare-se para gastar mais 2 euros por quilo daquele peixe que é o rei das nossas mesas.