A ministra da Defesa Nacional de Portugal anunciou, no fim da reunião dos ministros da Defesa do Mediterrâneo Ocidental, que este grupo vai reforçar a sua cooperação nos domínios da ciberdefesa e das alterações climáticas. A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles (que assume a Presidência da Iniciativa 5+5 em 2024), destacou a “situação muito complicada e difícil” que se vive atualmente. O diálogo é visto como primordial para resolver todos os desafios. Robles comprometeu-se a prosseguir, durante a Presidência espanhola, o “trabalho excepcional” desenvolvido por Portugal neste ano.
A ministra portuguesa, Helena Carreiras, lembrou o stress hídrico existente em várias localizações, intuindo a Andaluzia (que pondera comprar água a Portugal). A região do Mediterrâneo é uma das que mais sofre com a seca e os incêndios em todo o mundo, isto é uma consequência das alterações climáticas. O texto final da COP pede o fim dos apoios estatais aos combustíveis fósseis.
No discurso, Helena Carreiras salientou os novos desafios globais existentes que trazem “novas oportunidades” para o território mediterrâneo. A reunião ministerial da Iniciativa 5+5 de Defesa aconteceu no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras. Este grupo (atualmente presidido por Portugal) é composto por 10 países da costa sul e norte do Mediterrâneo Ocidental.
Quando foi criado, em 2002, esta iniciativa ficava-se em apenas quatro áreas, como é o caso da segurança marítima ou da defesa aérea, mas pretende-se ampliar o domínio deste fórum. Durante a Presidência portuguesa foram feitas várias iniciativas, incluindo exercícios conjuntos realizados pelas Forças Armadas dos diferentes países. Para além de Portugal, fazem parte deste grupo; Argélia, França, Itália, Líbia, Malta, Mauritânia, Marrocos, Espanha e Tunísia.