Porto aceita transladar coração de D. Pedro IV de forma temporária para o Brasil

Tesouro da cidade Invicta será transportado de forma a que possa comemorar o bicentenário da independência

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Após o pedido oficial, feito por um dos coordenadores das comemorações do bicentenário da independência do Brasil, já se sabe o que vai acontecer com o coração de D. Pedro IV de Portugal. O objetivo é que este vá primeiro para a capital, Brasília. O monarca foi quem deu o Grito de Ipiranga que conduziu a antiga colónia portuguesa a independência. O rei, que lutou contra o seu irmão em Portugal, morreu em Queluz, em 1834. Se o coração se encontra guardado a cinco chaves na cidade Invicta (desde 1835), o corpo está em São Paulo.

A Câmara do Porto aprovou por unanimidade a transladação temporária do coração de D. Pedro para o Brasil para as celebrações da independência do país. Esta decisão acontece após uma avaliação completa onde se garantiu que a transladação não comprometeria a integridade do órgão caso a mesma fosse feita através de um ambiente controlado. Este não são muitas vezes de onde está para garantir ao máximo a sua preservação.

O coração, um dos mais importantes tesouros da cidade, seguirá para o Brasil através de um regime especial de proteção alcançado através de um protocolo com o Itamaraty. Todos os custos desta operação serão pagos pelo governo brasileiro. Online, esta ida do coração não está a ser vista com “bons olhos” e o historiador Laurentino Gomes (responsável pelo bestseller 1822) acredita que «é um eco autoritário de uma ditadura». Para o escritor, atualmente a figura de D. Pedro é vista de formas diferentes no Brasil e em Portugal. Se do outro lado do Atlântico pode ser visto como um ditador que impôs a sua vontade, em território lusitano é um herói das lutas liberais.

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