‘Portugal Alive’ traz música portuguesa ao festival BAM em Barcelona

A seleção deste ano inclui artistas como Ana Lua Caiano e Bateu Matou, que atuam a 23 de setembro no palco da Rambla d’El Raval

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No final deste mês, a nova música portuguesa faz-se ouvir em Barcelona durante uma das celebrações locais mais icónicas, as Festas da Mercè. Como é já habitual, o festival BAM – Barcelona Acció Musical – anima as noites da cidade, de 20 a 24 de setembro, dedicando o seu penúltimo dia aos sons do país vizinho com a programação Portugal Alive, instalada no palco da Rambla d’El Raval.

A primeira proposta lusa é Ana Lua Caiano, que atua a partir das 21h30 locais, tendo editado em março deste ano o seu álbum de estreia, Vou ficar neste quadrado, que funde a eletrónica à música tradicional portuguesa. Segue-se, às 23 horas, uma colaboração entre a DJ e produtora brasileira King Kami e a portuguesa Bleid, ambas radicadas em Lisboa, que apresentam uma mescla entre os estilos brega funk, volt mix, techno e a sua própria interpretação das cidades onde já viveram. Meia hora depois da meia-noite é a vez de Bateu Matou, um trio de percussão constituído por Ivo Costa, Quim Albergaria e Riot que mistura os estilos contemporâneos de house, kuduro e funk a influências mais tradicionais. O acesso a todos os concertos é livre e gratuito.

A iniciativa, revela a direção artística do festival, surgiu da ideia de um programador português, Nuno Homem, com quem já haviam colaborado na programação do bar e sala de eventos da cidade Heliogàbal. “Gostávamos muito do bom gosto musical dele para selecionar as bandas, que costumavam ser internacionais”, explica ao EL TRAPEZIO a cooperativa L’Afluent, responsável pela programação do BAM desde 2021, que, logo no início deste compromisso, encarou “a possibilidade de trabalhar diretamente com Portugal Alive”. Algo que se relaciona “perfeitamente”, garantem, com uma das suas linhas orientadoras: “trabalhar o estreitamento com os países vizinhos, que neste caso são Portugal, França, Itália, a franja norte de África e a América Latina, pela proximidade linguística”.

Quanto às propostas internacionais para cada edição, nomeadamente as portuguesas, não só derivam das recomendações de profissionais como Nuno Homem, mas também da “investigação musical” que a equipa realiza, “muito influenciada pela visita a festivais como o MIL, em Lisboa, onde podemos disfrutar de muitos showcases de artistas locais e conhecer em primeira mão os seus espetáculos”. Abrindo espaço, desta forma, para uma programação como Portugal Alive que mostre a “grande variedade de propostas musicais do país vizinho num palco público da cidade, materializando os vínculos já decididos ao nível teórico”, afirmam.

Portugal Alive é uma programação musical inserida no festival BAM com o apoio do Consulado Geral de Portugal em Barcelona, do Instituto Camões e do programa Cultura Portugal, no âmbito da Ação Cultural Externa em Espanha. A programação completa desta edição, disponível em catalão, castelhano e inglês, pode ser consultada no site oficial do evento.

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