Portugal apresenta-se como ponte de ligação entre a Europa e África no desenvolvimento da Economia Azul

A primeira conferência da ONU para os Oceanos aconteceu em Lisboa, em 2022, e contou com a presença de Guterres e António Costa

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A governança dos oceanos está a ser discutida em Adis Abeba (Etiópia) por ministros africanos e europeus. A delegação portuguesa é uma das presentes neste evento. O ministro dos negócios estrangeiros português, João Gomes Cravinho, acredita que o país pode servir como uma ponte (algo muito querido pela diplomacia lusitana) entre a UE e a União Africana no quesito economia azul. Isto foi defendido em Adis Abeba perante os ministros africanos. A economia azul é vista como um forte pilar na relação entre os dois continentes. O apoio europeu não se limite a verbas monetárias. Depois de Lisboa (onde o EL TRAPEZIO esteve presente) e da Etiópia, a terceira conferência da ONU para os Oceanos vai acontecer no próximo ano em França.

O continente africano tem uma grande potência para a economia azul poder ser uma forma de desenvolvimento sem esquecer a sustentabilidade. Até 2063, estudos apontam que o continente africano pode gerar 127 milhões de postos de trabalho e receitas anuais de 534 mil milhões de euros graças ao que o mar nos pode dar. Cabo verde tem uma estratégia para a economia azul que pretendem implementar em dez anos e para implementar têm 500 milhões de euros para criar novos empregos.

A longa experiência portuguesa também foi destacada pela angolana Josefa Sacko, que é a comissária da UA para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Ambiente. «O ministro português dos Negócios Estrangeiros mostrou-se disponível em ajudar com a experiência que Portugal já tem em termos de gestão dos oceanos, na área das pescas», lembrou Sacko na sua intervenção. A mais recente aposta de Portugal está na produção de energia offshore, como pode ser visto com as turbinas eólicas colocadas ao largo da costa de Viana do Castelo.

Para ajudar na mobilidade e desxarbonizacao da cidade de Bissau, onde as estradas estão repletas de táxis e motas, a STCP dou 28 veículos ao governo da Guiné e outros poderão seguir o mesmo caminho.

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