Um dos acordos que deverá sair da Cimeira Luso-Brasileira deverá incidir sobre o audiovisual. Este segmento tem crescido bastante em Portugal nos últimos 4 anos com inúmeras coproduções com países irmãos, como é o caso de Codex 632 (parcialmente gravado no Brasil e com a participação da atriz brasileira Debora Secco) ou das inúmeras produções feitas com Espanha.
Os dois países, que vão retomar o protocolo que já tem na área do cinema, deverão estender esta parceria que será atualizada e reforçada. O anúncio foi feito durante o encontro Diálogos Culturais Luso-Brasileiros, na Casa da América Latina. No dia em que Lula da Silva aterrou em território português e que marca a chegada dos portugueses a costa brasileira pela primeira vez.
Este acordo, criado em 1981, esteve interrompido durante a presidência de Bolsonaro. O atual governo brasileiro pretende retomar este investimento no setor do cinema e do audiovisual com uma vertente focada na «igualdade de género e na transformação social». A ministra da Cultura brasileira, Margareth Menezes (uma das participantes na comitiva que está em território ibérico), disse aos jornalistas que o seu trabalho é recuperar um ministério que foi «duramente prejudicado» pelas políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O acordo será retomado ainda durante o presente ano. Bolsonaro nunca acabou com o mesmo mas a verdade é que este não foi colocado em prática nos últimos 4 anos. Durante décadas foram produzidas inúmeras longas-metragens portuguesas e brasileiras, com financiamento dos dois Estados. Portugal vai apoiar estas coproduções, serão 4, com 350.000 euros. O mesmo apoio será dado pelo Brasil.