Em Bruxelas, os governos de Espanha, Portugal e França propuseram a fixação de quotas de pesca, estas estariam ativas durante vários anos, nas águas europeias. A proposta foi apresentada durante a reunião dos 27 ministros das Pescas. Neste encontro foram acordadas as possibilidades de pesca, para o próximo ano, tanto nas águas do Mediterrâneo como do Atlântico.
Esta fórmula ibérico-gaulesa iria começar a ser testada em apenas algumas espécies e longe das águas que a EU partilha com outros países. Como é o caso do Reino Unido, Noruega ou Marrocos. Caso a ideia fosse certeira seria ampliada para um maior stock de peixes. O que poderia ter resultados concretos na pesca já em 2024. A ideia iria estabelecer totais admissíveis de captura que podem ir até três anos.
As capturas plurianuais totais para algumas espécies de águas profundas já existem. Sobre a pesca em águas profundas, a União Europeia pretende encerrar 15% destes espaços. Os países mais afetados serão Portugal e Espanha. O peixe-espada preto e a armada de Sesimbra vão sofrer com esta medida. Esta medida pretende dar uma maior segurança ao setor pesqueiro (que poderia planificar melhor a sua atividade) e terminar com as reuniões anuais para concertar as quotas de pesca.
O governo espanhol espera que esta fórmula possa ser aplicada no segundo semestre de 2023, quando o país assumirá a presidência do bloco europeu. A proposta apresentada por Espanha, França e Portugal também sugere a «possibilidade de as quotas não utilizadas de um ano poderem ser utlizadas em anos sucessivos». A Dinamarca, Bélgica, Grécia ou Croácia foram alguns dos países que já manifestaram o seu apoio a esta proposta.