Portugal, Espanha e Grécia opõem-se contra a diminuição do consumo de gás natural imposta pela Comissão Europeia

Governos pretendem encontrar outras soluções para este problema e lembram a falta de interconexões energéticas entre a península ibérica e o resto do continente

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Portugal e a Grécia juntam-se a Espanha na rejeição da redução do consumo de gás natural imposta pela Comissão Europeia em 15%. O debate para este plano europeu deverá ter a negativa das nações ibéricas. Estas já avisaram que não aceitam nem vão cumprir a medida de solidariedade proposta. Esta é vista como insustentável e despropocional. Até ao momento Bruxelas não deu uma resposta formal a estes pedidos de revisão da medida.

Para ser aprovada, esta medida tem que obter uma maioria qualificada no Conselho Europeu. O secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, reforçou que esta medida não deve ser aplicada pois não existem interligações com o resto da Europa. Aqui o gás natural é usado para a indústria e para a produção da eletricidade. Para o secretário uma redução no consumo iria levar o país a ficar sem luz.

Em 2021, menos de 10% do gás importado consumido em Portugal chega da Rússia (muito através de navios). Portugal pretende criar um gasoduto a partir do porto de Sines para levar energia para o resto do continente. O objetivo do governo luso é fazer este projeto com dinheiro comunitário. A vice-presidente do Governo espanhol e ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, reforça que vão recomendar os consumidores e empresas a poupar energia, mas não vão impor nenhuma redução do termostato. Para a ministra espanhola esta proposta, que não é nem a mais eficaz nem a mais eficiente, deveria ter tido a opinião prévia dos Estados-membros.

A diretriz obrigatória será imposta para garantir que a Europa terá uma boa base deste combustível para passar o Inverno já que é esperado um corte total do abastecimento vindo da Rússia. 45% do gás importado que a União Europeia usa vem da Federação Russa. A redução de 15% deverá acontecer até a próxima primavera. O governo grego pretende encontrar outras soluções para contrariar a crise energética que assola os países europeus.

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