O PSD, atualmente no Governo (e apontado como futuro vencedor nas sondagens) com a designação AD, foi fundado a 6 de Maio de 1974 e nos últimos 51 anos tem dividido o poder com o PS. Os seus fundadores foram Francisco Sá Carneiro (antigo PM que morreu num acidente de avião) e Pinto Balsemão (magnata dos meios de comunicação em Portugal). O funeral deste primeiro juntou uma multidão de apoiantes deste partido e não só.
Os seus fundadores fizeram parte de uma ala mais liberal do Estado Novo, que também teve como nome de destaque o atual presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. O PSD é visto como um partido de centro-direita apesar da designação social-democrata. Em Espanha, a contraparte dos «laranjinhas» é o PP. Os dois partidos desde a volta das democracias ibéricas tem passado entre a oposição e o Governo. Ambos os partidos controlam, neste momento, as duas capitais ibéricas. Carlos Moedas, por parte do PSD, e Ayuso, do PP, são dois nomes apontados para altos vôos no futuro.
O aniversário do PSD vai juntar (terça) vários antigos líderes, incluindo um candidato presidencial (Marques Mendes), num almoço de onde também participou Luís Montenegro. Durão Barroso, que foi lider deste partido e depois desempenhou um cargo europeu, não pode estar presente mas vai enviar uma mensagem de felicitações. Pinto Balsemão não estará por questões de saúde.
Montenegro, o presidente do PSD que pretende voltar a ser primeiro-ministro
Luís Montenegro é o 19.º presidente do PSD. Está em funções desde 2022 e nestas eleições vai voltar a concorrer em coligação com o CDS. Fizeram o mesmo no Governo de Passos Coelho (que também vai estar no aniversário do partido) e Paulo Portas (figura assídua nos encontros do Foro de La Toja em Lisboa).
O almoço acontecerá na sede do partido, em Lisboa, que já está em campanha oficial, apesar deste evento não fazer parte da campanha (o jantar, no CCB, já o fará). Luís Montenegro foi questionado se sairá do PSD caso perca as eleições de 18 de Maio. Cenário que já afirmou não equacionar. Também não chumbariam um eventual Governo do PS. Os socialistas estão a marcar a sua campanha com o pedido de os portugueses não renovarem a sua confiança no PSD e os «sonhos de menino» de Montenegro. Homem que afirmou nunca ter «sonhado» estar em São Bento.
Para além dos debates e com um Governo em funções existem muitos temas a marcar a agenda. Para além do apagão (faz uma semana que tal aconteceu) foi anunciada a expulsão de 18.000 estrangeiros não documentados antes das eleições. A grande parte destes imigrantes são do subcontinente indiano. Sem imigrantes, o presidente português alertou que a economia portuguesa poderia colapsar e que é necessário saber o peso que estes estrangeiros têm para o país. Depois de terem questionado, neste caso os diplomatas brasileiros no país, o Governo de Lisboa pediu «tranquilidade» em relação a esta questão. O Bloco de Esquerda acusa o PSD de fazer dos imigrantes «bodes expiatórios» para disputar votos com o Chega e dê estar numa deriva «trumpista».