O rei Felipe VI deslocou-se até a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para participar no Congresso Mundial de Direito. Este congresso, o 28º, junta juristas e líderes mundiais na sede da ONU. No fim deste congresso, o monarca vai discursar. O rei foi um dos vencedores do Prémio Mundial a Paz e a Liberdade, que este ano será entregue a Úrsula Von der Leyen.
Antes de discursar (o tema será a defesa do Estado de direito), o rei encontrou-se (pela sétima vez) com o secretário-geral, o português António Guterres, com quem almoçou. Em Maio tinham estado juntos em Cáceres, localidade em que Guterres recebeu o Prémio Europeu Carlos V. Ainda durante esta semana, António Guterres lançou uma campanha para alertar as nações do mundo para que regulem, apressadamente, a inteligência artificial (AI) e os malefícios que a mesma pode trazer em temáticas tão frágeis como a guerra.
Guterres pretende uma Nova Agenda de Paz com medidas claras para prevenir futuros conflitos. São 11 as propostas apresentadas. Estas medidas foram compiladas após um ano de inquéritos feitos junto dos 193 países-membros. A ONU deve funcionar, cada vez mais, como uma bússola para os seus membros. Para o secretário-geral das Nações Unidas (que pretende repensar o funcionamento desta organização), o mundo vive «numa encruzilhada». Isto muito se deve a competição geoestratégica que vivemos ou a erosão dos acordos de controlo de armas criados após o fim da Guerra Fria. Guterres lamentou o fim do acordo dos cereais e acusa Rússia de por em risco segurança alimentar no mundo em 2024. «O conflito nuclear voltou a fazer parte do discurso público», sublinhou.