Tejo recebe alguns dos maiores veleiros do mundo em regata que lembra Magalhães e Elcano

'The Tall Ships Races - Magellan Elcano' vai terminar em Cádiz depois de ter passado por La Coruña e Lisboa

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No cais da Rocha do Conde de Óbidos estiveram alguns dos maiores veleiros do mundo. Nesta volta a Lisboa (sete anos depois), o The Tall Ships Races – Magellan Elcano, os barcos deram um colorido especial ao Tejo e aos seus habitantes (e visitantes) que não perderam a oportunidade para conhecerem estas embarcações. Como em qualquer festa lisboeta, não faltou música e os reconfortantes pasteis de Belém.

O Vice-Almirante Gouveia e Melo e o ministro João Galamba foram algumas das figuras que visitaram os veleiros estacionados em Lisboa. A edição deste ano da regata celebrou a primeira circum-navegação, há 500 anos, protagonizada por Fernão de Magalhães e Sebastián Elcano. Esta foi uma das mais importantes viagens da história marítima.

Estiveram presentes veleiros dos quatro cantos do mundo. Estes veleiros são oriundos de Espanha (Atyla e o Juan de Langara), Uruguai (Capitan Miranda, barco que levo o nome de um conhecido hidrógrafico uruguaio), México (Cuauhtemoc), Polónia (Dar Mlodziezy e o Fryderyk Chopin), Dinamarca (Georg Stage) ou Portugal.

Os “gigantes do mar” voltaram ao Tejo

O polaco Dar Mlodziezy tem gravado no seu interior os locais por onde passou e Lisboa é um local que conhecem bem pois passaram por cá na Expo 98. Pelo México tivemos o Cuauhtémoc, que foi construído em Bilbau em 1981. Este magnifico veleiro, uma das jóias da marinha mexicana, já venceu o Tall Ships Races por duas vezes. Quem visitou este navio, com embutidos dourados, teve a oportunidade de estar um pouco mais perto da cultura mexicana pois havia trajes tradicionais e um figurante que na popa trouxe até ao Tejo Cuauhtemoc, o único imperador Asteca que sobreviveu a conquista.

Um dos representantes portugueses é o conhecido navio-escola Sagres, que tentou reconstruir (não concluiu devido a pandemia de Covid-19) os passos de Magalhães e de Elcano. O escola Sagres, que chegou a fazer parte da marinha brasileira, tem 89,5 metros de comprimento e é visto como um embaixador de Portugal no mundo.

Já o outro, o Vera Cruz, é uma réplica das caravelas portuguesas. Esta caravela de 24 metros de comprimento tem sido usada para compreender o comportamento de manobra que estas embarcações, que deram a volta ao mundo, tinham.

Neste evento histórico, que remonta aos anos 50, costumam participar milhares de pessoas. O Georg Stage estava entre os poucos que participaram em 1956 na primeira edição desta regata que celebrou o seu 50º aniversário em 2006. Um dos pontos altos deste evento foi o desfile no Tejo que estes “gigantes do Mar” protagonizaram na manhã do dia 2 de Setembro. As diferentes tripulações saudaram o Padrão dos Descobrimentos e um dos homens responsável pelos descobrimentos marítimos, o infante D. Henrique. O The Tall Ships Races – Magellan Elcano partiu a 15 de Agosto do Reino Unido, passou por La Coruña e vai terminar em Cádiz, entre os dias 7 e 10 de Setembro.

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