As comemorações conjuntas dos 50 anos do 25 de Abril vão acontecer de forma conjunta em Portugal e em Cabo Verde. Esta é a vontade política conjunta dos Governos de Lisboa e da Praia. Este memorando de entendimento será concretizado pelo Instituto Camões, Estrutura de Missão para as Comemorações do Quinquagésimo Aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974 (liderado pela professora Maria Inácia Rezola) ou pelo Instituto do Património Cultural.
As comemorações conjuntas dos cinquenta anos do 25 de Abril de 1974 devem ser associadas ao centenário do nascimento de Amílcar Cabral, um dos nomes que lutou contra a ditadura em Portugal. Cabral foi o fundador do PAIGV, partido que lutou pela independência tanto em Cabo Verde como na Guiné-Bissau. Para além da Revolução dos Cravos, esta data celebra os 50 anos da independência de Cabo Verde.
As iniciativas, que envolvem a comunidade académica e científica, vão acontecer durante todo o ano de 2024 e o Campo do Tarrafal, para onde iam os presos políticos, vai desempenhar um papel central nas mesmas. As instalações e o museu deste campo deverão ser requalificadas. Os simpósios e os festivais culturais que vão ser realizados vão acontecer sobre a temática da transição democrática. Em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa deverá convidar para a cerimónia dos 50 anos do 25 de Abril os presidentes dos países da CPLP. Um dos presidentes já convidados é o angolano João Lourenço. António Costa acredita que a Revolução dos Cravos foi uma libertação mútua tanto para Portugal como para os países da África lusófona.