Tribunais de Contas de Portugal e Espanha alertam para os perigos da desertificação

Um combate efetivo contra a desertificação pode ser a arma mais poderosa contra os fortes incêndios que costumam afetar o território

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A desertificação é uma das principais ameaças que Portugal e Espanha sofrem. Isto segundo os Tribunais de Contas de ambos os países. Ainda existem muitas falhas e lacunas na luta contra a desertificação. Este é um fenómeno que não distingue fronteiras e que aumenta com as alterações climáticas. No relatório conjunto elaborado apontam que uma luta séria contra a desertificação são uma das melhores ferramentas para prevenir e extinguir a possibilidade de incendio, que com as ondas de calor que habitualmente enfrentamos são uma realidade cada vez mais normal.

A criação deste relatório deveu-se ao acordo, alcançado em 2018 durante o IV Encontro dos Tribunais de Contas de Espanha e de Portugal, para a realização de um trabalho que se focasse nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. As duas entidades ibéricas lembraram que a desertificação existente faz com que os incêndios violentos que assistimos em Portugal e Espanha nos últimos anos sejam cada vez mais perigosos.

Esta é a região com mais incêndios da Europa e a desertificação que assistimos é uma grande ameaça para os ecossistemas ibéricos. No relatório foi assinalado que ainda falta uma maior proteção dos solos, que estão cada vez mais degradados. O aumento da desertificação é um desafio global e Portugal é um dos países mais expostos, atualmente com mais de 50% dos solos são já afetados pela desertificação.

Em relação às terras degradadas, Portugal tem mais 6.1% do que Espanha. Faltam projetos de cooperação transfronteiriça que possam ajudar tanto na gestão da floresta como no combate aos fogos. Quando falamos sobre o combate aos incêndios, o relatório aponta preocupações quanto ao desempenho no terreno, gestão de meios aéreos ou a profissionalização dos recursos humanos.

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