A EDP Renováveis, empresa portuguesa com sede em Madrid, apresentou o relatório de contas dos últimos 6 meses, apresentando lucros de 142 milhões de euros e receitas de 856 milhões de euros. Este valor, que é 44% mais baixo do que os 255 milhões de euros registados no mesmo período do ano anterior, acontece em parte graças aos negócios feitos em Espanha e nos Estados Unidos.
A diminuição da facturação em 6% aconteceu, como assinalou o chief executive officer da empresa Miguel Stilwell d’Andrade, graças ao «impacto de sell-downs, os preços médios de venda mais baixos» e aos eventos climáticos extremos que estão a ser sentidos em território norte americano. A EDP Renováveis tem um portfólio de activos operacionais de 12,6 GW (com uma esperança média de vida de 9 anos) e na primeira metade de 2021 produziu 15,3 TWh de energia limpa. Houve um aumento da produção de energia mas esta está a ser vendida a preços mais baixos. A produção de energia eólica, em parques na Europa e no Vietname, contribuiu com 11 milhões de euros para as receitas da empresa.
Por área geográfica, os negócios tanto na Europa como no Brasil tiveram um bom desempenho e assistiram a um aumento de 40 milhões de euros comparando com os valores alcançados no ano anterior.
A EDP Renováveis no Brasil
A EDPR fechou um acordo para o fornecimento de energia solar e eólica com a Amazónia e junto da francesa Engie vai investir na produção de hidrogénio verde no Ceará. Também neste estado a EDP tem a termoelétrica a carvão UTE Pecém. Esta não é a primeira parceria entre as duas empresas europeias, que são socias na join venture espanhola Ocean Winds, em território brasileiro já que têm parques eólicos no Rio Grande do Sul (700 MW e 6,5 GW); Rio de Janeiro (5 GW); Rio Grande do Norte (2 GW); e Piauí (999 MW).