A francesa Lhyfe juntou-se à concessionária de energia renovável espanhola Capital Energy para apostarem em projectos que pretendem produzir hidrogénio verde tanto em Espanha como em Portugal. Sobre esta parceria, Pablo Alcon, director marítimo da Capital Energy. Acredita que esta aliança vai permitir usar a energia produzida nos parques eólicos offshore «para produzir hidrogénio, o que ajudará a impulsionar a transição energética».
No futuro, este acordo pode ser colocado em prática em outros mercados. O hidrogénio verde pode ser o futuro energético em várias latitudes, incluindo o Brasil. Ambas as empresas pretendem desenvolver projectos offshore de hidrogénio renovável na costa ibérica. Vão ser construídos locais de produção nos parques eólicos, de 7,5 GW, que a Capital Energy está a desenvolver em ambos os países.
A Lhyfe, através do protótipo Sealhyfe, é capaz de produzir hidrogénio verde em terra. A operar já em França, e com a entrada no mercado ibérico, a empresa pretende ter uma capacidade de 200 MW até ao fim de 2026 e 3 GW até ao fim de 2030. Para ajudar a dar um novo impulso ao corredor europeu de hidrogénio verde, a Iberdrola e a Trammo assinaram um acordo para exportar amónia verde.
Já a partir de 2026 será possível exportar até 100 mil toneladas de amónia verde por ano. A primeira unidade industrial de produção de amónia verde será construída no sul da Europa, não se sabendo ainda o local em específico. Desta forma será possível acelerar a descarbonização da indústria pesada, especialmente nos países do centro da Europa.