A população de coelhos-bravos na Península Ibérica, que está ameaçada pelos seus dois maiores predadores, o lince-ibérico e a águia-imperial-ibérica, e por várias doenças, tem um novo projeto para os defender. “A preocupante situação populacional do coelho-bravo e a tendência de declínio que esta espécie tem registado nos últimos anos levaram à união de esforços entre entidades portuguesas e espanholas para evitar o progressivo declínio desta espécie e inverter os respectivos impactes ambientais e socioeconómicos», referem em comunicado os dinamizadores do projeto Life Iberconejo.
Este coelho, presente ao longo do vale do Guadiana, vê a sua população descer 20% todos os anos em Portugal e em Espanha. Para defender esta espécie, a atividade agrícola tem um grande contributo a dar. A área de trabalho da Life Iberconejo centra-se na metade centro e sul da península Ibérica. Este projeto pretende desenvolver uma estrutura Ibérica de governação que ajude a monitorizar o coelho-bravo ibérico. Este coelho é essencial no ecossistema mediterrâneo e para além de poder ser encontrado em território ibérico também existe em França.
Projeto ibérico pretende defender o coelho-bravo
O Life Iberconejo é coordenado pela Asociacion para la Defensa de la Naturaleza. Catorze associações fazem parte deste projeto de conservação. Deste grupo faz parte: a Associação Nacional de Proprietários Rurais Gestão Genética e Biodiversidade, Associação Natureza Portugal, Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária. Estes são alguns dos interessados na gestão e conservação desta ameaçada espécie.
O Life Iberconejo arranca a 1 de Outubro e tem como data de finalização o ano de 2024. Este projeto terá um orçamento de 2 milhões de euros e foi um dos candidatos ao Life. Em Portugal, para proteger o coelho-bravo ibérico, também existe o programa + Coelho.
