Um novo ano, um novo virar de página

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2022 já entrou e agora «viramos a página», como pediu Marcelo Rebelo de Sousa na mensagem de Ano Novo. O que esperar deste ano? Segundo a numerologia, este ano vai ser guiado pelo número 6. Este 2022 será focado na estabilidade profissional e pessoal e na busca pela harmonia. Acreditam ou preferem viver cada dia ao sabor das ondas do mar? Será que vamos alcançar, finalmente, um mundo mais harmónico?

Falando em paz, o primeiro dia do ano trouxe o Brasil de volta a um lugar de destaque na ONU e o início do segundo mandato de António Guterres. Continuando com o tema Nações Unidas e de um desejo para este ano, podemos pedir para que a língua portuguesa seja considerada um dos idiomas principais de trabalho? Para além de termos um português a frente da principal organização da diplomacia mundial, o português é falado por 280 milhões de falantes. O português é a 5.ª língua mais falada no mundo, a 3.ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do planeta. A língua de Camões é falada em todos os continentes e a tendência de crescimento é grande.

Portugal quer ser uma ponte entre os diversos continentes e para mim a língua também tem esta função. Isto porque é a conversar que todos nos entendemos (ou pelo menos deveríamos). Nem falo da sua fácil compreensão pelos nossos outros irmãos latinos. Sei que é difícil mas é um dos sonhos que podemos acarinhar neste 2022. Esperemos que não seja o único! Acredito que todos nós queremos o fim da Covid-19 e a volta a normalidade que se foi há alguns anos e nos deixou com uma máscara na boca e uma injeção no braço. Aliás, a palavra vacina foi escolhida como a do ano de 2021.

Tivemos 365 dias marcados por um plano militar que pretendia salvar a nação de uma alta de contágios e que o que nos trouxe foi um novo D. Sebastião. Ao contrário do da história, este não chegou numa manhã de nevoeiro vindo de África mas de um submarino carregado de injecções. O que podemos esperar para 2022? Como não só Nostradamus, só consigo falar sobre o futuro próximo e este traz as legislativas. Esta é a primeira vez que muitos jovens vão votar e ao contrário do que muitos pensam, estes também se preocupam com o nosso futuro global.

Estas são as eleições que vão decidir não só o governo para os próximos 4 anos. Pelo menos este é o pedido do presidente da república, Marcelo Rebelo de Sousa. Os homens e as mulheres que saiam vitoriosos das eleições vão ser os responsáveis por colocar em prática um plano que pretende catapultar Portugal para um novo futuro. Será que o futuro será hoje ou não passa de um sonho que escapa das nossas mãos.

Depois do fogo-de-artificio (nunca tinha visto tantos), o primeiro mês do ano começou com um ataque de hackers a um dos maiores grupos de comunicação do país. A liberdade de imprensa pode ter sido temporariamente amordaçada mas não está morta enquanto houverem mentes livres e pensantes! Como diria Buda, «com os nossos pensamentos fazemos o mundo». São os cidadãos ativos que fazem com que os países se desenvolvam.

Ataques de hackers são cada vez mais comuns. Ponto negativo da globalização. Este grupo, que também atacou o ministério da saúde brasileiro, conseguiu deitar abaixo os sites tanto da SIC como do Expresso. Este não é só um ataque a liberdade de expressão como nos relembra que somos cada vez mais dependentes da internet e da tecnologia. Um exemplo disso é o multibanco. Cá em Portugal, quando você vai a um ATM, consegue fazer muito mais do que levantar dinheiro. Até consegue tirar uma licença de casa e talvez qualquer dia também fazem tostas.

O governo da Holanda uma vez questionou o que aconteceria se houvesse um apagão a nível global? Não vamos falar de teorias da conspiração mas a verdade é que cada vez mais a nossa vida é comandada pela tecnologia. Todos nós mexemos em algo tecnológico e quando falta a luz é como se o mundo acabasse. Todos somos dependentes da internet ou do telemóvel. Quer dizer, só se viver numa gruta como o homem da gruta aqui de Sesimbra.

Para terminar este artigo, desejo a todos um bom ano. Que 2022 traga a todos novos vôos e menos turbulência.

 

Andreia Rodrigues

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