Augusto Santos Silva defende agenda ibérica na Europa e com outros actores globais

Ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal avisou a Venezuela que não vai mudar a sua política

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O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, num encontro organizado pela Câmara de Comércio Luso-Espanhola em Lisboa, defendeu “uma agenda de concertação entre os dois países no plano europeu, sobre questões como o orçamento comunitário, a união europeia política monetária, comércio e a relação com outros atores globais”.

Santos Silva referiu-se a uma eventual candidatura da ministra da Economia espanhola, Nadia Calviño, à presidência do Eurogrupo, que actualmente corresponde ao português Mário Centeno.

“É muito cedo para falar”, disse Santos Silva, no seu discurso na reunião de Lisboa, pediu para reforçarem Portugal e Espanha a sua cooperação em espaços políticos e económicos a que pertencem em defesa dos interesses comuns. Referiu-se, em particular, às negociações sobre o próximo orçamento da União Europeia, em que Lisboa e Madrid defendem os interesses do grupo de Amigos da coesão.

Sublinhou ainda a importância de avançar com um acordo entre o bloco europeu e o Mercosul e referiu-se à conveniência de manter uma relação “adulta e sem complexos” com gigantes económicos como a China. Também falou da importância de que a Península Ibérica deixe de ser considerada uma “ilha energética”, e avançar numa “estratégia essencial” de “diversificação das fontes de energia para o continente”.

O ministro advertiu que a suspensão de noventa dias da companhia aérea TAP na Venezuela, decidida pelo governo de Nicolás Maduro, não vai mudar a sua política em relação àquele país.

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