Dar voz à Raia, outro desafio europeu

Um bom exemplo é o impacto do projeto "Histórias Ibéricas", uma experiência pioneira desenvolvida entre as agências Efe e Lusa

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Dar um rosto e voz às figuras anónimas que trabalham diariamente para transformar a Raia, a fronteira luso-espanhola, é outro dos grandes desafios do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg Espanha-Portugal (POCTEP). Esta é uma das conclusões de uma jornada de trabalho online sobre divulgação e comunicação de projetos financiados com fundos POCTEP, na qual participaram esta terça-feira mais de 200 representantes de organismos e empresas de ambos países.

“O que não se dá a conhecer não existe”, ressaltou Carmen Hernández, vice-diretora-geral de Cooperação Territorial Europeia do Ministério das Finanças espanhol, daí a importância de dar “visibilidade” aos projetos que estão a contribuir para dinamizar a fronteira. Uma linha partilhada pela diretora do secretariado conjunto do POCTEP, Elena de Miguel, e o coordenador deste programa em Portugal, João Bule, que destacaram o papel fundamental da comunicação para dar a conhecer a transformação vivida pela região.

Um bom exemplo, segundo concordaram ambos, é o impacto do projeto “Histórias Ibéricas”, uma experiência pioneira desenvolvida entre as agências Efe e Lusa para informar sobre projetos de cooperação de ambos lados da Raia através de mais de uma centena de crónicas e reportagens.”Encarregamo-nos de dar um rosto e voz aos protagonistas da transformação da Raia”, procurando “humanizar os projetos, tirá-los do papel”, explicou a delegada da Agência Efe em Portugal, Mar Marín.

A jornada serviu também para que os responsáveis da execução dos projetos aproveitem as vantagens das ferramentas multimédia na divulgação das suas iniciativas, como detalhou Manuel González, responsável do projeto Interact. Evitar o despovoamento, facilitar o empreendedorismo e apostar pela economia verde são alguns dos principais objetivos do POCTEP, que já trabalha no seu novo horizonte de projetos para o período 2021-2027, recordou Elena de Miguel.

No período que conclui, 2014-2020, foram financiados 234 projetos que moveram 484 milhões de euros para dinamizar a fronteira, 365,7 deles procedentes do POCTEP, apontou Carmen Hernández. 101 milhões destes foram destinados ao ambiente, 97 a projetos de investigação, 75 à melhoria da competitividade das PMEs ibéricas e 29 à melhoria da capacidade institucional.

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